As máquinas são capazes de aprender. Mas isso não tira o sonho das visões apocalípticas de um mundo dominado por robôs que têm escravizado ou exterminado os humanos após “aprender demasiado”. E não vamos vagar.
O machine learning consiste em uma disciplina da computação, da qual através de algoritmos de inteligência artificial, os sistemas computacionais são capazes de simular o processo de aprendizagem humana, resolvendo situações e desafios que não haviam sido programados previamente.
Historicamente, os computadores não haviam conseguido fazer nada mais do que aquilo que haviam sido programados para fazer, mas com o gradual aumento da capacidade do hardware permitiu com que fossem mais longe, acompanhados pelos algoritmos de software.
O processo de aprendizagem de um sistema informático está baseado na análise de grandes quantidades de dados.
O que faz o software no geral é construir modelos preditivos a partir da análise dos dados, mesmo não modificando sua própria programação, algo que as máquinas ainda não estão preparadas para fazer.
No entanto, de certa forma conceitual, podemos considerar que a construção de modelos é uma espécie de modificação de sua programação base, embora em termos de código fonte não seja realmente assim.
Para terminar, vamos dar alguns exemplos do uso de machine learning, começando por um sistema de investimento na bolsa.
Este é capaz de analisar os altos e baixos nas cotações de ações, sem ter sido programado anteriormente para prever determinado cenário, através da análise de um grande número de fatores (cotações das ações de outras empresas, idas e vindas do mercado, investimentos realizados por parte de outros, etc.), pode calcular quando será mais propício comprar e / ou vender determinados títulos.
E o que costuma ser mais importante nestes sistemas é que são capazes de analisar sua própria atuação e “aprender” com seus acertos e erros, “melhorando” seu “desempenho” ao longo do tempo.
Na verdade, não escolhi este exemplo porque sim, mas porque hoje em dia a maioria das operações na bolsa é realizada por programas informáticos deste tipo.
É verdade que quando ouvimos música no Spotify (ou, eventualmente, em outros serviços online deste tipo), o programa recomenda outros grupos ou músicas de acordo com o que ouvimos? E não é verdade que estas recomendações evoluem à medida que variam nossos hábitos de consumo de música no serviço?
Como o Spotify e outros serviços de música online conseguem fazer isso? Simples: com um sistema de machine learning, que aprende o que gostamos e nos recomenda em função disso.
E quanto mais música e durante quanto mais tempo ouvimos, mais o sistema aprende sobre nossas preferências, portanto, maiores são as possibilidades de acertar suas sugestões.
Imagens Fotolia: Texelart, kyo
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (jan., 2019). Conceito de Machine Learning (Aprendizado de Máquina). Em https://conceitos.com/machine-learning/. São Paulo, Brasil.