Os seguidores de Jesus interpretaram que aquilo que Deus havia prometido na aliança original com os judeus era uma nova aliança. Para eles, Jesus foi quem trouxe o reino de Deus para a Terra.
Em grego, a palavra christos se refere ao Messias, por este motivo, seus seguidores foram conhecidos como cristãos. Para eles, Jesus era algo mais do que um líder ou curador, já que tudo o que ele dizia ou fazia vinha do próprio Deus.
Consequentemente, Jesus se tornou a reencarnação de Deus. Aqueles que propagaram esta ideia fundaram o Cristianismo primitivo.
Os primeiros cristãos foram inicialmente perseguidos pelas autoridades romanas, pois se negaram a oferecer sacrifícios e homenagear os imperadores. Os principais líderes cristãos foram Pedro e Paulo, assim como um pequeno grupo formado por Estevão, Barnabé, Priscila, Jaime e Tito.
As principais fontes historiográficas deste período estão coletadas no livro dos Atos dos Apóstolos e nas epístolas do Novo Testamento.
Após a morte de Jesus não havia uma liderança definida entre seus seguidores. Paralelamente, a crucificação de Jesus supôs um aviso para todos aqueles que quisessem conhecer sua doutrina. Por outro lado, a figura de Jesus como o verdadeiro Messias gerava todo tipo de controvérsia e debate teológico entre judeus e cristãos.
Nos séculos I e II surgiu o movimento gnóstico cristão e seus defensores afirmavam que a salvação do homem era possível através do conhecimento interior e não da fé (alguns gnósticos negaram a crucificação de Jesus e questionaram outros episódios da Bíblia).
Apesar de tudo isso, os cristãos se organizaram porque acreditavam que seu líder era o autêntico Messias e que traria o reino de Deus para este mundo.
Os fundadores da igreja cristã primitiva começaram a difundir os evangelhos e estavam convencidos de que suas palavras estavam inspiradas pelo Espírito Santo. Desta maneira, tornaram-se pregadores do Evangelho.
Com o passar do tempo foi criado um conjunto de normas e critérios unificados. Neste sentido foi formado um cânon. O cânon do cristianismo primitivo é um conjunto de textos normativos para estabelecer um critério unificado em matéria religiosa. Com estas novas normas, as correntes do movimento cristão foram consideradas heresias.
Para a maioria dos teólogos, o cânon estabeleceu o fim do Cristianismo primitivo e o início de uma nova era.
Do ponto de vista histórico, a conversão ao Cristianismo do imperador Constantino foi a origem do Catolicismo.
No Edito de Milão, do ano 313, os cristãos deixaram de ser perseguidos definitivamente e a igreja cristã evoluiu para um novo modelo, o Catolicismo.
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Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (jun., 2018). Conceito de Cristianismo Primitivo. Em https://conceitos.com/cristianismo-primitivo/. São Paulo, Brasil.