Em uma peça de teatro, num romance ou num filme há uma estrutura narrativa com três elementos gerais: apresentação, nó e desenlace. Este último constitui o fim da ação. No entanto, nem todos os finais parecem definitivos, pois em certas ocasiões o espectador ou leitor não sabe com certeza qual é o verdadeiro desenlace.
A denominação final aberta e final fechada é uma cópia do inglês, pois vem de duas expressões: open ending e closed ending.
Se tomarmos como referência um filme, o mesmo tem um final fechado quando todos os elementos da trama e todas as incógnitas são resolvidos de maneira definitiva no final do filme. Neste sentido, o espectador sabe com absoluta certeza como a história terminou.
Este tipo de final pode parecer confuso ou aparentemente incompleto. No entanto, é um recurso narrativo com o qual o espectador é convidado a inventar seu próprio desenlace da história. Alguns roteiristas utilizam esta proposta para que suas histórias possam ter novos episódios no futuro. Quando um espectador sai do cinema e não sabe muito bem qual foi o desfecho do filme, isso quer dizer que o final era aberto e, consequentemente, é necessário algum tipo de interpretação para esclarecer as incógnitas não resolvidas.
Há espectadores que preferem o final fechado e outros optam pelo aberto. Além dos gostos pessoais, o mais relevante é que no final do filme haja um momento de clímax. Na linguagem cinematográfica, o clímax é o momento culminante da narrativa e acontece nos instantes anteriores ao momento final.
No filme “Shutter Island” protagonizado por Leonardo DiCaprio, o espectador não sabe se o personagem principal se fez passar por louco ou se realmente sofria um transtorno mental.
No thriller “O cisne negro”, a bailarina protagonizada por Natalie Portman morre na cena final, mas o espectador não sabe se a morte foi real ou se foi uma alucinação da personagem.
Na série “Twin Peaks”, dirigida por David Lynch, o desenlace final da história é objeto de debate e conta com todo tipo de interpretação.
Imagem Fotolia: Alexandr Sidorov
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (fev., 2019). Conceito de Final Aberto e Final Fechado. Em https://conceitos.com/final-aberto-fechado/. São Paulo, Brasil.