No que diz respeito às relações sexuais, emprega-se todo tipo de termos e expressões: coito, fazer amor, relações íntimas, fornicar, transar, meter, relações carnais, entre outras. Cada um destes conceitos possui uma conotação diferenciada e são empregadas no contexto de uma linguagem determinada. Normalmente a ideia de relações carnais é usada na terminologia cristã para referir-se às relações sexuais motivadas pela luxúria e lascívia, desvinculadas do verdadeiro sentimento amoroso.
A Igreja Católica acredita que as relações carnais são dignas e totalmente respeitadas, desde que se enquadrem no contexto do casamento entre um homem e uma mulher. No entanto, se a sexualidade é vivida fora do sacramento do matrimônio é considerada pecaminosa. Nesta linha, o catolicismo tem mantido ao longo de sua história uma posição firme contra o prazer sexual fora do casamento. Não se deve esquecer que a luxúria é um dos sete pecados capitais.
A moral sexual da Igreja Católica não desaprova as relações carnais fora do casamento por razões caprichosas, mas sua posição é baseada em princípios sólidos. Desta maneira, a sexualidade e a genitália humana têm um propósito: a união dos cônjuges para a reprodução da raça humana. Neste sentido, manter uma relação carnal ignorando o que deveria ser o verdadeiro propósito envolveria ter um comportamento contrário à moral, portanto, seria um comportamento pecaminoso (a masturbação e o sexo antes do casamento não são destinados à reprodução e por isso são igualmente pecaminosas).
Consequentemente, o prazer pelo simples prazer nas relações sexuais seria um desvio da sexualidade humana. Esta visão se baseia entre outros textos na Gênesis 1:28, onde “Frutificai e multiplicai-vos” um mandato divino que orienta o ser humano sobre sua função na Terra.
A maioria das culturas e tradições religiosas valoriza as relações sexuais do ponto de vista moral. Na verdade, há uma regra geral que faz parte dos códigos morais relacionados à sexualidade: a proibição do incesto. Esta proibição nos faz lembrar que na sexualidade humana sempre houve e há limites morais que permitem estabelecer certa ordem sobre o que é permitido e o que não é.
Outros exemplos que ilustram as limitações sexuais são o adultério e a bigamia, dois fatores que têm sido considerados ilegítimos e inaceitáveis ao longo da história. Não devemos esquecer, além disso, que a liberdade sexual é um fenômeno social recente e que se manifesta apenas em alguns contextos sociais do mundo ocidental.
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Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (mar., 2017). Conceito de Relações Carnais. Em https://conceitos.com/relacoes-carnais/. São Paulo, Brasil.