Quando se fala de relatividade, na verdade, fala-se sobre duas teorias: a teoria da relatividade geral e a teoria da relatividade especial. Ambas foram apresentadas pelo cientista Albert Einstein no início do século XX. Como toda nova explicação, esta também surgiu de uma pergunta que não encontrava resposta: como combinar o eletromagnetismo formulado por Maxwell e a mecânica newtoniana.
As duas teorias da relatividade determinaram as bases da física moderna e graças a elas podemos entender melhor o funcionamento do universo, assim como a estrutura do espaço e do tempo.
Ao contrário do que se pode pensar, Einstein não recebeu o Prêmio Nobel pela teoria da relatividade, mas sim pelo efeito fotoelétrico, um experimento que demonstrou por que a luz poderia extrair elétrons de um metal.
Sua principal contribuição foi a correlação da gravidade e as dimensões do espaço-tempo.
Esta correlação pode ser explicada pela tendência que se tem a manter um estado de movimento, algo que ocorre quando um elevador acelera ou desacelera devido à força da inércia.
De acordo com esta teoria, o espaço e o tempo estão intimamente relacionados. A estrutura de ambos é dinâmica e não estática como se acreditava até então. Desta maneira, o espaço-tempo poderia ser deformado segundo a velocidade aplicada. Esta nova ideia é precisamente o que está na base do conceito de relatividade.
Resumidamente, a teoria da relatividade geral explica que a curvatura do espaço-tempo está determinada pela quantidade e tipo de energia envolvida no espaço-tempo. Por sua vez, a curvatura do espaço-tempo afeta a maneira pela qual a energia flui no espaço.
Esta teoria surgiu após a abordagem de duas questões fundamentais: o que aconteceria se um objeto percorresse a mesma velocidade da luz? e poderíamos ver a luz parada ou em uma velocidade menor?
Para responder estas perguntas, Einstein apresentou quatro argumentos:
1) Dependendo da velocidade de um objeto, sua massa aumenta. Assim, não se pode exceder a velocidade da luz, uma vez que o aumento da velocidade do objeto deve aumentar proporcionalmente a energia para mover mais massa, até o ponto de necessitar energia infinita.
2) O tempo e o espaço se dilatam. Desta maneira, para que a velocidade da luz seja a mesma, vendo-a parado ou aproximando-se dela, é necessário que o espaço-tempo se dilate em relação à velocidade.
3) O tempo não é absoluto e não há simultaneidade. Tudo é relativo ao olho do observador que o percebe. O que pode parecer um segundo para alguém pode parecer um ano por outra pessoa se varia sua massa gravitacional e velocidade.
4) A massa é uma forma de energia. A energia é igual à massa pela aceleração ao quadrado.
Imagem: Fotolia. matiasdelcarmine
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (out., 2017). Conceito de Teoria da Relatividade. Em https://conceitos.com/teoria-relatividade/. São Paulo, Brasil.