A linguística é a disciplina que estuda a faculdade da linguagem dos seres humanos e o sistema de signos que empregam para comunicar-se. O fundador da linguística foi o suíço Ferdinand de Saussure (1857 – 1913), que concebeu a linguagem em suas diferentes dimensões: como uma realidade que faz parte de toda a sociedade, como uma abstração mental que nos permite identificar o que está ao nosso redor e o que nos acontece e, por fim, como uma série de códigos e convenções, como as regras de gramática.
Consequentemente, a linguística estuda a linguagem como um instrumento de comunicação e um sistema de signos.
A ideia de signo linguístico envolve duas dimensões mentais estreitamente interligadas: trata-se de um conceito e paralelamente de um som associado a ele. Assim, o conceito é o resumo do signo linguístico, enquanto que o som é uma marca mental que permanece em nosso cérebro. Entre o conceito e o som há uma relação recíproca.
Em outras palavras, o conceito ou significado e o som ou significante interagem na mente de um falante. Vamos imaginar uma nuvem, o significante se refere à sucessão de sons para referir à nuvem (temos na memória como se pronuncia esta palavra e já escutamos em alguma ocasião), ao mesmo tempo, o significado da nuvem se refere ao conjunto de características gerais que constituem uma nuvem (sua cor, forma e tamanho).
Quando falamos ocorrem três fenômenos diferenciados. O primeiro é o processo psíquico na qual os conceitos constroem uma imagem ou uma impressão digital acústica (neste processo, o cérebro transmite para os órgãos da fonação um impulso correlativo à imagem acústica). Em seguida ocorre um processo físico, pelo qual as ondas sonoras se propagam da boca ao ouvido, assim quando se escuta uma imagem acústica o cérebro identifica o som e o associa ao conceito. Neste último processo, o conceito mental realiza o caminho oposto, isto é, da mente para a emissão de uma palavra.
De acordo com Saussure, o signo linguístico é a associação de uma ideia ou um conceito com forma sonora ou escrita. Assim, qualquer pessoa que fala português associa a palavra lápis à determinada imagem. Desta maneira, quando dizemos a palavra lápis pensamos em uma série de ideias ligadas entre si (um pedaço de madeira alongado com outro de grafite em seu interior que serve para escrever).
1) há uma linearidade, uma vez que as palavras não são pronunciados simultaneamente;
2) há uma articulação de sons (monemas, morfemas e lexemas);
3) há uma arbitrariedade (a relação entre significante e significado mudam em cada língua, de modo que o significante é diferente em cada idioma, mas seu significado permanece o mesmo).
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Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (mar., 2017). Conceito de Signo Linguístico. Em https://conceitos.com/signo-linguistico/. São Paulo, Brasil.