Conceito de Rosa dos Ventos

Em alguns mapas, nas cartas ou bússolas de navegação podemos observar um diagrama circular com losangos ligados entre si. Trata-se da Rosa dos Ventos, um símbolo reconhecido internacionalmente no mundo da náutica. Com esta representação é feita referência à direção dos ventos.

Um instrumento que durante séculos tem sido de grande utilidade para navegadores e continua sendo utilizado hoje em dia

Apresenta várias divisões para mostrar a direção do vento. A mais geral inclui os quatro pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste (cada um permite dividir o horizonte em setores ou quadrantes de 90 graus). Entre cada um aparecem outras quatro divisões laterais separadas por uma distância de 45 graus (nordeste, sudeste, sudoeste e noroeste). Entre os últimos, há outros oito cursos colaterais situados a uma distância de 22,5 graus (norte-nordeste, sul-sudoeste, oeste-sul-oeste, entre outros). Com estas divisões e subdivisões é possível identificar um total de 32 direções associadas à direção do vento (por exemplo, no Mediterrâneo a direção nordeste corresponde ao vento gregário e a noroeste ao vento mistral).

Desta maneira, a circunferência do horizonte é tomada como referência e observando a Rosa dos ventos é possível conhecer a direção que o vento toma. Ao mesmo tempo, este diagrama permite identificar o norte como referência para as demais direções de navegação.

Também serve para saber a velocidade do vento em um lugar específico, localizar aerogeradores ou para elaborar atlas eólicos (em todos estes casos a Rosa dos Ventos serve como suporte de referência).

As primeiras referências aparecem no século XIV

Durante séculos as técnicas de navegação foram muito precárias, pois os navegadores não utilizavam cartas de navegação, não dispunham de informação cartográfica avançada e careciam de instrumentos técnicos precisos para localizar-se no mar.

A partir do século XIV houve uma mudança qualitativa devido ao uso de dois avanços: a bússola e a cartografia (a bússola foi inventada pelos chineses por volta do século VI, mas chegou ao Ocidente muito tempo depois).

Uma das cartas de navegação mais específicas foram as portulanas, que tinham um desenho da rosa dos ventos. Acredita-se que o criador deste diagrama sobre a direção do vento foi o filósofo e erudito maiorquino Ramon Llull.

Na atualidade este símbolo está muito presente como elemento ornamental nas áreas portuárias. Por último, a OTAN emprega esta representação como um anagrama.

Imagens Fotolia. Pavel Plehanov

Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (out., 2018). Conceito de Rosa dos Ventos. Em https://conceitos.com/rosa-dos-ventos/. São Paulo, Brasil.

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