Os Estados Unidos e a União Soviética foram duas das nações vitoriosas da Segunda Guerra Mundial e ambas estabeleceram áreas de aliança estratégica em todo o planeta. Paralelamente, o continente europeu se encontrava devastado e diante de uma profunda crise econômica.
Neste contexto, os Estados Unidos colocaram em ação um plano de reconstrução econômica destinado aos países menos favorecidos após a guerra. O Plano Marshall foi aprovado em 1948 pelo presidente Truman e liderado por George Marshall.
Nações como Grécia, Turquia, França, Alemanha Ocidental e Itália receberam empréstimos financeiros vantajosos provenientes dos cofres dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, ativaram outros tipos de medidas, como investimentos, vantagens comerciais e melhorias no tecido industrial europeu.
Com esta estratégia pretendia potencializar as relações comerciais entre os Estados Unidos e a Europa. De maneira complementar, as grandes empresas europeias se comprometiam a negociar com as empresas norte-americanas.
O Plano Marshal era composto basicamente por empréstimos com juros muito baixos, o que permitia aos países beneficiários enfrentar uma nova etapa de recuperação global, mas acima de tudo econômica.
A iniciativa norte-americana esteve expressa em todos os setores da economia europeia. Por exemplo, os Estados Unidos financiaram muitas fábricas, especialmente no setor automotivo (destacam-se as fábricas da Renault na França e da Fiat na Itália). O conjunto de medidas adotadas foi muito positivo para os países beneficiários.
Os Estados Unidos e a União Soviética eram as dois grandes potências rivais do momento. Cada uma queria impor seu modelo econômico e social: um modelo capitalista e consumista por parte dos americanos e um modelo de planejamento centralizado e de propriedade estatal dos meios de produção por parte dos soviéticos. Isto significa que as duas nações desconfiavam uma da outra: a URSS temia a expansão do capitalismo e os Estados Unidos observavam que começava a brotar a semente do comunismo no continente europeu.
Consequentemente, o plano também foi uma estratégia política para impedir a expansão do comunismo.
Embora a Espanha não tenha participado diretamente da Segunda Guerra Mundial, esteve em uma profunda crise econômica. No entanto, não podia beneficiar-se da ajuda americana por não ser nessa época era um país democrático. Com isso, entende-se que o Plano Marshall também exigia alguns requisitos políticos.
Ainda hoje, debate-se a eficácia da estratégia norte-americana na Europa, mas a maioria dos historiadores coincide em seu papel fundamental na recuperação econômica da Europa Ocidental.
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Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (set., 2018). Conceito de Plano Marshall. Em https://conceitos.com/plano-marshall/. São Paulo, Brasil.