Os verbos empregados na comunicação escrita ou oral podem ser utilizados no singular ou no plural. Em português existem três pessoas para o singular e três para o plural. Desta maneira, as pessoas gramaticais no singular são: eu, tu, ele ou ela; e no plural são: nós, vós, eles ou elas. Portanto, as pessoas gramaticais são reconhecidas através dos pronomes pessoais.
A primeira pessoa é aquela que fala ou atua. Assim, quando se diz “eu falo” ou “nós cantamos” se refere à primeira pessoa do singular e à primeira do plural. Na segunda pessoa se refere a um indivíduo diferente de si, que pode ser uma ou várias pessoas, por exemplo, “tu danças” ou “vós trabalhais”. Na terceira pessoa se emprega o pronome ele ou ela no singular e eles ou elas no plural, por exemplo, “ele se diverte” e “elas desenham”.
Há verbos que não estão relacionados a uma pessoa gramatical, estas são as formas não pessoais do verbo: infinitivo, gerúndio e particípio. O infinitivo em português tem três possíveis terminações: -ar, -er ou -ir, como nos verbos amar, trazer e sair. O gerúndio incorpora a terminação -ando ou –iendo, como amando, trazendo ou saindo. O particípio acaba em –ado ou –ido, como amado, trazido ou saído, mas deve-se levar em conta que há alguns particípios irregulares como posto, visto e escrito. Estas três formas são chamadas de não pessoais porque não são aplicadas na frente de pronomes pessoais.
Quando se escreve na primeira pessoa, o narrador conta algo a partir da sua ótica pessoal. Assim, quando digo “vi um ladrão sair do estabelecimento e não pude evitar olhá-lo fixamente em seu rosto” estou contando um fato que aconteceu comigo, portanto escrevo na primeira pessoa porque sou testemunha de algo que ocorreu. O narrador na primeira pessoa descreve a realidade a partir da primeira pessoa do singular (eu) ou então pela primeira pessoa do plural (nós).
Ao escrever na terceira pessoa, o narrador se torna onisciente, ou seja, conhece toda a realidade de um assunto.
Um narrador onisciente diria “um jovem que descia a escada, escorregou e caiu”. O narrador na terceira pessoa descreve algo a partir do “ele” ou “ela” no singular e do “eles” ou “elas” no plural.
Deve-se destacar que a figura do narrador onisciente conhece inclusive os sentimentos dos personagens que está descrevendo. A narração na terceira pessoa também pode ser abordada a partir da perspectiva de um narrador objetivo, ou seja, aquele que observa o que está fora da história de maneira objetiva, mas desconhece o que pensam ou sentem os personagens que descreve.
Imagem: Fotolia. Sebastiano Fancellu
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (mar., 2017). Conceito de Pessoa Gramatical. Em https://conceitos.com/pessoa-gramatical/. São Paulo, Brasil.