Costuma-se dizer algo de maneira explícita quando a mensagem transmitida não faz duplo sentido ou porque ainda não está clara, consequentemente, se fala com absoluta clareza.
A linguagem explícita significa que o falante utiliza palavras simples, claras e diretas, evitando assim que o interlocutor possa interpretar mal a mensagem. O adjetivo explícito equivale a outros, tais como categórico, expresso ou manifesto.
Quando nos comunicamos temos determinada intenção. Por isso, às vezes, queremos ser claramente entendidos e em certas ocasiões pretendemos ser ambíguos ou diplomáticos. Se alguém me propõe algo e respondo “Isso não me convence em nada”, significa que estou sendo explícito com minha resposta. No entanto, se diante da mesma proposta não dou uma resposta específica, significa que estou recorrendo a uma fórmula evasiva, por exemplo, “eu tenho que pensar”. Empregamos uma estratégia ou outra dependendo do contexto da comunicação e em função de qual seja nossa intenção ao falar.
Algumas expressões se referem a uma linguagem não explícita. As expressões “falar sem rodeios” e “ir ao ponto” são usadas quando o interlocutor se expressa por circunlóquios e com muitas palavras, mas sem dizer nada em concreto.
No contexto da atividade política, certos líderes ou responsáveis políticos não respondem com clareza as perguntas dos jornalistas. Neste caso, o político utiliza várias estratégias: dar uma resposta aberta (nem sim ou não), responder mudando o assunto ou realizando algum exercício retórico para referir-se à resposta.
Neste sentido, vale a pena lembrar alguns eufemismos habituais: bar de alterne no lugar de prostíbulo; contabilidade indevida ao invés de desfalque, entre outros. Eufemismos permitem mascarar a realidade e evitar infrações possíveis ofensas, por exemplo, o médico diz ao paciente que ele tem uma disfunção erétil em vez de dizer que é impotente porque assim se torna mais sutil.
Na linguagem da pseudociência se recorre muito pouco a mensagens explícitas ou que podem ser interpretadas de várias maneiras. Costuma-se falar de forças energéticas, do além ou de mundos ocultos. A terminologia da pseudociência tem uma aparência de verdade e pode ser sugestiva, mas não é uma forma explícita de comunicação.
Imagem: Fotolia. Ogerepus
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (nov., 2016). Conceito de Explícito. Em https://conceitos.com/explicito/. São Paulo, Brasil.