Embora cada indivíduo tenha uma personalidade única e exclusiva, julgamos os outros muitas vezes a partir da primeira impressão que temos. Diante desta avaliação inicial, as pessoas fisicamente atrativas são julgadas positivamente devido a um viés cognitivo, o efeito halo.
No campo da psicologia, costuma-se realizar todo tipo de pesquisa que destaca a conexão entre a valorização pessoal e a beleza física. Assim, a maioria atribui certas qualidades humanas às pessoas bonitas que não tem nada a ver com a beleza. De maneira simplificada, pensamos que as pessoas feias são piores que as mais bonitas. Este modo de raciocinar não tem fundamento ou lógica, mas apesar disso é uma tendência generalizada.
Na maioria das culturas o atrativo físico desempenha um papel importante. Os bonitos não chamam a atenção apenas por sua aparência, uma vez que são positivamente valorizados em relação às suas qualidades humanas. Acreditamos de maneira injustificada que homens e mulheres fisicamente atrativos são de alguma forma considerados melhores. Este autoengano da mente atua de maneira inconsciente e funciona como um preconceito.
O efeito halo pode explicar também outros tipos de autoengano. Assim, quando conhecemos um homem forte é bem provável pensarmos que ele vai nos proteger, bem como quando conhecemos um músico acreditamos que provavelmente seja alguém especialmente sensível em outros aspectos da vida. Desta maneira, um traço físico ou uma característica específica de um indivíduo nos faz imaginar uma série de qualidades ou virtudes.
O efeito halo não é um descobrimento recente, uma vez que foi descrito por volta de 1920 pelo psicólogo norte-americano Edward L. Thorndike.
Nas propagandas aparecem normalmente homens e mulheres atraentes porque os publicitários sabem que o efeito halo serve para manipular a mente dos consumidores. Desta maneira, o consumidor potencial tem a seguinte associação de ideias: um ator ou atriz de atrativo físico evidente afirma que um produto é interessante, assim o consumidor pensa de modo automático que este produto pode ser interessante para ele.
O efeito halo está presente em diversos contextos: nas entrevistas de emprego, no setor de marketing ou simplesmente em nossas avaliações cotidianas sobre outras pessoas.
Vale lembrar que na maioria dos julgamentos os acusados tendem a cuidar de sua aparência física para transmitir uma imagem positiva de si mesmo (estudos demonstram que pessoas atrativas têm sentenças mais suaves do que as pessoas feias).
Imagem: Fotolia. natuliya
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (ago., 2018). Conceito de Efeito Halo. Em https://conceitos.com/efeito-halo/. São Paulo, Brasil.