Uma revolução é uma mudança radical, profunda e permanente em relação à ordem estabelecida preexistente, um enfrentamento sem retorno entre dois interesses concorrentes, em um local geográfico específico e geralmente realizado por um grupo de pessoas que contam com o apoio do povo, este já cansado e farto de um domínio imperante; assim lhe brindam com apoio moral e acompanhamento. Quando não é dado por bem pode ser obtido através da força e de armas.
A revolução pode ocorrer simultaneamente em diversas áreas, tais como religiosa, militar, cultural, política, econômica ou então acontecer em um só lugar e com o tempo contagiar o restante com o espírito de mudança. No entanto, seu aspecto mais característico e reconhecível é deixar consequências transcendentes que mudarão para sempre o curso normal das coisas até o momento. Inclusive, enquanto algumas revoluções são concêntricas e geram repercussões sobre o meio ambiente local, tal como ocorreu com muitos movimentos políticos, religiosos ou étnicos no terceiro mundo; outros acontecimentos revolucionários se iniciaram de forma localizada e propagaram por outros povos ou nações.
Da mesma forma, a revolução de 1848 na Europa teve seu epicentro em Paris, mas se espalhou de maneira rápida para a Alemanha e Itália, dando lugar à verdadeira formação do estado moderno a esses países. Nos últimos tempos, é fácil reconhecer a explosão revolucionária nos países árabes do Norte da África, que deram início a pequenos focos críticos em Tunis ou Cairo, para finalmente concluir com a destituição de vários governos locais.
A revolução francesa foi precisamente um movimento político realizado na França durante o século XVIII, na qual houve uma luta para substituir a forma predominante do governo até o momento, trocando a monarquia por outra absoluta e radicalmente oposta, defendido por um sistema mais amplo e menos fechado. Esta foi a magnitude da revolução de 1789 considerada o ponto de partida de uma nova era cronológica, chamada Idade Contemporânea.
No entanto, como exemplo de revolução social, a revolução burguesa também ocorreu no mesmo momento histórico da Revolução Francesa e marcou a mudança do clero e da nobreza para outra classe dominante, a burguesia, mudando completamente as regras e a concepção da economia. O liberalismo como sistema econômico pôde ser implantado entre os habitantes do país através do nascimento do que hoje chamamos de classe média, estabelecendo assim as bases do capitalismo moderno.
Por último, de raiz essencialmente econômica, não menos importante e determinante que as anteriores foi a revolução industrial, trazendo a solução de novas técnicas, fontes de energia, maquinário, transporte, aparecimento das primeiras fábricas, entre outros. Tudo isso a serviço do crescimento e da expansão dos negócios, embora possamos observar algumas consequências nocivas desta revolução, como a perda inicial de mão de obra em relação ao aumento do uso de máquinas, a grande produção desencadeada por essas mudanças que criaram novas oportunidades de trabalho em um curto espaço de tempo, dando acesso à atividade e melhorando a qualidade de vida das pessoas.
Se perguntassem se a explosão e difusão da tecnologia moderna não constituem por acaso uma quarta revolução das proporções mundiais? Pode-se dizer que é o tempo e a história que permitem definir uma afirmação tão parecida em poucas décadas.
Imagem: Fotolia. Maksim Kabakou
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (mar., 2017). Conceito de Revolução. Em https://conceitos.com/revolucao/. São Paulo, Brasil.