Conceito de Nirvana

A palavra nirvana provém do sânscrito e quer dizer extinção. Para compreender seu significado legítimo é necessário entender o termo no contexto de algumas filosofias e religiões orientais, especialmente o budismo.

O nirvana no budismo

Segundo os textos sagrados do budismo, Sidartha, o verdadeiro nome do Buda, permaneceu durante 40 dias meditando embaixo de uma árvore e experimentou uma série de vivências interiores. Num primeiro momento esteve meditando até reconhecer todas as suas vidas anteriores.

Em um segundo plano, compreendeu o sentido da existência de maneira cíclica através da ação do karma e da lei de causa e efeito da natureza.

Num terceiro estágio e último nível de meditação chegou à conclusão de que havia uma série de venenos ou freios mentais que perturbam a alma humana: o desejo sensual, o apego, o ponto de vista equivocado e a ignorância. Após esta fase de meditação, o Buda chega à conquista da verdadeira iluminação e do conhecimento supremo: o nirvana.

As perturbações da alma

Para os budistas, o nirvana é a ausência de todos os sofrimentos. Deve-se levar em conta que o sofrimento no ser humano é resultado dos seus erros e percepções equivocadas. Em outras palavras, o sofrimento ocorre devido a um mau entendimento da realidade externa e interna, o que os budistas chamam de “avidia”. Assim, para superar a avidia é necessário iniciar o caminho da meditação, o que popularmente é conhecido como ioga. Desta forma, seremos capazes de nos sentir livre dos sofrimentos que nos afligem.

Quando uma pessoa tem a percepção errada dos demais e de si mesmo, isso gera medo, violência e desajuste emocional, ou seja, sofrimento. Por esta razão, o nirvana é um estado espiritual da qual desaparecem as perturbações da alma.

Durante o processo de busca do nirvana, o indivíduo descobre ideias equivocadas como “ser ou não ser”, “nascimento e morte” e assim se dá conta da totalidade do real

Neste sentido, o nirvana é um método para eliminar as falsas noções e as ideias que geram dor e angústia. Um exemplo ilustrativo deste equívoco seria a observação de uma nuvem.

Quando olhamos para uma nuvem logo pensamos que ela existe de verdade, mas quando se torna chuva ela desaparece e aí dizemos que não existe mais. Esta maneira de observar e compreender a realidade é errada para os budistas, pois deveríamos ver a nuvem na chuva ou neve e, portanto, além da própria nuvem.

Imagem: Fotolia. subinpumsom

Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (nov., 2016). Conceito de Nirvana. Em https://conceitos.com/nirvana/. São Paulo, Brasil.

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