A representação de imagens através dos computadores requer dois elementos básicos: um hardware e um software adequados.
O primeiro é do conhecimento de todos há muitos anos, e o segundo também, mas este último ainda se depara com algo um pouco confuso para os usuários: existem diversas formas de salvar as imagens, vários formatos conhecidos por suas siglas e que se tornaram famosos: JPEG, GIF, PNG, RAW, entre outros.
Um formato de imagem (que pode ser uma fotografia ou um desenho) consiste em determinada maneira de salvar a informação que corresponde a uma imagem e permite gerá-la de modo que ocupe o menor espaço possível e seja o mais fidedigno para a realidade.
Se os computadores de hoje em dia dispõem de discos rígidos e outros meios de armazenamento repletos de Gigabytes, assim como as conexões à Internet são tão rápidas que podemos assistir a filmes online e diretos sem precisar baixá-los, por que precisamos diminuir o tamanho das imagens?
A resposta a esta pergunta é simples: as coisas nem sempre foram assim. Houve um tempo, não muito tempo atrás, onde um computador com um disco rígido de 20 megabytes (é isso mesmo, você leu corretamente, não são gigabytes, mas sim megabytes) era considerado um dos de maior armazenamento e seu preço não estava ao alcance de todo mundo.
As conexões à Internet também não eram tão rápidas como o cabo de fibra ótica, desde então, as primeiras que podíamos desfrutar em casa demoravam alguns segundos para baixar uma página web simples.
É diante desse quadro que para facilitar sua troca ou transferência e armazenamento nasceram os formatos de imagem.
O segredo de todo formato gráfico se baseia em um algoritmo matemático. Em vez de salvar a informação sobre cada ponto de cor, o que se faz é agrupar áreas onde todos os pontos tenham a mesma cor e tom e, a partir daí, é desenvolvida uma fórmula para reproduzir tal área.
O que se armazena é a informação matemática, cujo volume é consideravelmente inferior a de salvar a informação de cada pixel (ponto) que compõe a imagem de forma individual, uma economia especialmente interessante quanto maior a imagem (maior resolução).
Ao longo destes anos, novos algoritmos foram criados e os já existentes melhorados. Há muitos formatos de imagem, sendo que alguns oferecem características particulares que os tornam mais úteis em determinadas tarefas.
É o caso do PNG, nascido para web ou do GIF, que permite salvar uma animação (como um pequeno filme de um ou dois segundos) em um só arquivo.
Não deixa de ser curioso que, muitos anos depois, a Apple lançou o formato Live Photos, que consiste precisamente em um pequeno vídeo de alguns segundos, mas que é armazenado como um arquivo de imagem. Uma ideia parecida ao GIF, mas melhorada.
A “estrela” dos formatos de compressão por sua ampla difusão e uso em todo tipo de dispositivos e aplicativos. É o formato que, como padrão, utiliza celulares e câmeras domésticas para a captura de imagens e que reproduz qualquer dispositivo eletrônico com capacidade de mostrar imagens, como uma televisão, um tablet ou um computador.
Criado pela Joint Photographic Experts Group, um grupo de especialistas em fotografia, que utiliza um algoritmo de compressão com perda, reduzindo de forma considerável o tamanho do arquivo resultante, mas pagando o preço de perder alguma informação da imagem absorvida.
Esta informação é apenas perceptível no geral pelo observador, o que faz compensar tal perda.
Nascido como uma alternativa ao formato GIF para ser utilizado na Internet, permite (como aquele) definir áreas transparentes da imagem, uma vez que quando estão sobrepostas em um fundo colorido permitem ver a cor que há abaixo.
Também supera o limite de 256 cores da imagem GIF e suporta imagens entrelaçadas, de forma que começamos a ver a imagem renderizada por partes e assim ter uma ideia do conjunto antes de ter acabado de carregar, algo que os demais formatos não suportam.
Criado pela CompuServe, utiliza o algoritmo LZW altamente eficiente. No entanto, peca em um problema: funciona para imagens de 256 cores (e funciona realmente bem), mas para aquelas imagens em que queremos mostrar uma maior gama de cores, não é a ideal.
Muito utilizado nos primórdios da expansão da Internet, uma vez que permitiu criar imagens bem leves, mas que depois caiu no esquecimento para voltar com força graças aos memes e devido à outra característica: a possibilidade de conter animações.
Adicionadas na especificação GIF89a (posterior ao nascimento do formato original), não é nada mais do que a possibilidade de haver várias imagens dentro de um único arquivo, sendo cada um como se fosse um quadro de um pequeno filme dotado de um tempo de desenho entre cada um.
O resultado final é algo muito parecido a um movimento.
Quem se lembra deste? Criado pela Microsoft e popularizado por seus programas de desenho vetorial, foi utilizado por muitos sistemas operacionais em seus ícones.
Superado por outras alternativas, tem sido bastante esquecido pelo usuário final. Uma de suas desvantagens é que não utiliza compressão, portanto, o tamanho das imagens geradas é maior do que com outras alternativas.
Este deixei para o final porque contradiz um pouco com tudo que foi explicado até agora, mas cabe a explicação: contém o máximo de informações sobre cada ponto da imagem, com uma compressão sem perda da informação.
É aquele utilizado geralmente por fotógrafos profissionais, uma vez que oferece qualidade sem comparação, já que os demais formatos que comprimem a informação com alguma perda sempre degradam levemente a imagem.
Esta qualidade tem um preço: o grande tamanho que ocupam no disco. Normalmente, os fotógrafos profissionais dispõem de uma grande quantidade de armazenamento em suas instalações.
Imagem Fotolia: LangnerRT
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (maio., 2019). Conceito de Formatos Imagem: GIF, JPEG, PNG, RAW, BMP. Em https://conceitos.com/formatos-imagem/. São Paulo, Brasil.