Em algumas grandes concentrações urbanas de todo o planeta existem núcleos de população de extrema pobreza e marginalidade. Normalmente são terrenos de origem ilegal que aos poucos vão sendo povoados de maneira caótica e desordenada e por onde as condições de vida são bem precárias. Este tipo de estabelecimento é conhecido como favela. Este termo provém do português falado aqui no Brasil e se refere a uma planta bem resistente, a faveila, utilizada no século XIX para construir os lares dos primeiros residentes deste tipo de subúrbio em algumas cidades brasileiras.
Embora este fenômeno esteja associado às grandes metrópoles do Brasil e da América latina, é uma realidade global que aparece nas grandes cidades da África, da Ásia e de países como Espanha (na Espanha a palavra chabola serve para designar as submoradias destas áreas urbanas).
Do ponto de vista urbanístico, as favelas carecem de serviços básicos (abastecimento de água potável, eletricidade e serviços à comunidade). Deve-se destacar que são áreas que se desenvolvem distantes dos programas urbanísticos das cidades.
Do ponto de vista social, as favelas são um foco de pobreza, marginalidade e violência. Possuem uma densidade da população muito elevada e altas taxas de desemprego. Os problemas sociais associados com números são: desnutrição infantil, analfabetismo, toxicodependência e elevados índices de criminalidade, etc.
Embora cada favela tenha sua própria história e individualidade, a maioria delas é consequência do êxodo rural às grandes cidades. Neste contexto, alguns indivíduos não encontram uma vida convencional nas grandes cidades e são obrigados a viver em favelas.
A favela não é o único foco do espaço urbano marginal. Na verdade, quando as cidades europeias começaram a crescer descontroladamente na Idade Média, foram desenvolvidos espaços urbanos associados às classes mais humildes, os subúrbios. Na maioria das cidades atuais existem os conhecidos subúrbios: bairros marginais e degradados. Um exemplo bem particular de subúrbio acontece em algumas cidades da França. Este fenômeno é conhecido com a palavra banlieue, bairros periféricos onde há uma tensão social permanente.
A exclusão social no espaço urbano tem diferentes nomes: favela, subúrbio, periferia, gueto ou banlieue. Independentemente das palavras usadas, as pessoas que vivem nestes locais se encontram em uma espécie de apartheid.
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Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (dez., 2016). Conceito de Favela. Em https://conceitos.com/favela/. São Paulo, Brasil.