Em seus diversos formatos o livro é um dos elementos que tem mudado a história da humanidade. Antes de sua aparição as palavras tinham apenas uma dimensão oral e quando os primeiros alfabetos foram inventados foi possível registrar as palavras por escrito. As pessoas que conheciam a técnica da escrita eram os escribas.
A sociedade egípcia da antiguidade apresentava um alto nível de complexidade. O escriba era o profissional que servia o faraó e realizava várias atividades relacionadas à escrita: transcrevia as ordens dos sacerdotes e mandatários, anotava informação sobre as atividades comerciais, mantinha um registro das oferendas, redatava textos fúnebres, etc.
Aqueles que realizavam estas tarefas faziam parte da elite social e para ter acesso a este conhecimento era necessário um longo processo de aprendizagem.
Seu equipamento de trabalho consistia simplesmente em uma paleta na qual havia dois furos para o pigmento vermelho e outro preto, um porta-pincel feito de cana e um pincel de junco (em sua bolsa de trabalho o escriba também carregava pedras que eram utilizadas para amassar os pigmentos e uma bacia de água para molhar o pincel).
Escreviam em tábuas de madeira e estas foram posteriormente reescritas em rolos de papiro. Tanto os gregos como os romanos escreviam utilizando um cálamo de ponta fina (os cálamos começaram sendo de origem vegetal, mas com o tempo se tornaram de bronze).
Durante a longa Idade Média na Europa os mosteiros cristãos foram os centros do saber. Os escribas eram os monges que se dedicavam a copiar e ilustrar os manuscritos. Sua atividade era realizada nos scriptoriums dos mosteiros. Eram capazes de copiar obras escritas em várias línguas, normalmente em latim, grego e hebraico.
Estavam familiarizados com as técnicas da escrita e em seu trabalho era muito importante que as linhas fossem retas e as letras totalmente legíveis. Realizavam uma atividade minuciosa e geralmente escreviam três ou quatro páginas em um dia de trabalho.
Os avanços tecnológicos provocam mudanças sociais de maneira quase imediata. Assim, antes da invenção da imprensa, tudo o que se escrevia e desenhava era feito à mão e com o surgimento da imprensa esta atividade deixou de ter sentido.
As primeiras imprensas foram engenhocas que moviam as letras de metal para criar novas palavras. Com o aparecimento destas máquinas a atividade manual do escriba perdeu seu sentido original.
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Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (set., 2018). Conceito de Escriba. Em https://conceitos.com/escriba/. São Paulo, Brasil.