A Primeira e Segunda Guerra Mundial foram dois acontecimentos de grande magnitude que marcaram a história do século XX. A dimensão de ambas as guerras escondeu outros eventos sanguinários. O massacre de Nanquim de 1937 constitui um dos episódios mais brutais e violentos já conhecidos.
O exército do Império Japonês se encontrava em guerra no território chinês e, depois de vencer as tropas chinesas na batalha de Nanquim, ocupou a cidade. A partir desse momento os soldados japoneses cometeram todo tipo de atrocidade sobre a população civil: assaltos, saques, estupros, torturas e assassinatos.
Assim mesmo, parte da cidade acabou destruída após vários incêndios provocados. Alguns oficiais japoneses participaram de competições únicas na qual o vencedor seria aquele que decepasse mais chineses com seu facão.
Calcula-se que 300.000 não combatentes morreram durante o massacre. A violência sobre a população de Nanquim teve a duração de três meses e, durante este período, os soldados japoneses receberam a ordem de não respeitar os prisioneiros de guerra.
Alguns estrangeiros que permaneceram na cidade reuniram informações valiosas sobre o massacre e estas testemunhas foram decisivas para que o Tribunal de Guerra de Tóquio julgasse os responsáveis pelo massacre após a Segunda Guerra Mundial.
Um setor da sociedade japonesa acredita que os números desse massacre foram exagerados e que na verdade os mortos foram apenas os militares chineses. Os livros didáticos japoneses omitem dados sobre os episódios de Nanquim e nenhum governo expressou seu repúdio pelo acontecido em 1937.
Ao longo dos anos, inúmeras manifestações aconteceram em várias cidades chinesas para expressar seu ódio contra o inimigo japonês. Por outro lado, em vários momentos, a lembrança da invasão japonesa tem provocado o boicote da população aos produtos nipônicos.
John Rabe era um cidadão alemão simpatizante dos ideais do nazismo. Em 1937 estava trabalhando na multinacional Siemens, na cidade de Nanquim, na ocasião capital da China. Embora Rabe tenha fugido da cidade antes do início do massacre, decidiu ficar por lá e com a ajuda de outros estrangeiros organizou uma área de segurança para proteger a população chinesa.
Em seu diário pessoal, Rabe registrou as atrocidades cometidas pelas tropas japonesas. Sua atuação durante os trágicos acontecimentos salvou a vida de milhares de cidadãos de Nanquim.
Em 2009 apareceu um documentário sobre sua vida com o título “John Rabe”. O filme obteve importantes prêmios, mas não pode ser projetado nos cinemas do Japão.
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (jun., 2018). Conceito de Massacre de Nanquim. Em https://conceitos.com/massacre-nanquim/. São Paulo, Brasil.