Na primeira metade do 1º milênio a. C. os fenícios colonizaram as principais cidades do Mediterrâneo. O povo fenício passou para a história por causa de sua poderosa frota de navios e pelo seu espírito empreendedor e comercial.
Em suas origens, os fenícios se dedicavam à pirataria, mas ao longo do tempo mudaram a estratégia e começaram a comercializar com outros povos do Mediterrâneo. Fundaram cidades como Biblos, Sidon, Tiro e Cartago, entre outras. Em Biblos se obtinha muita madeira para fabricar artigos decorativos que logo seriam vendidos a preços elevados. Nas cidades de Tiro e Sidon se produziam tecidos coloridos para serem comercializados depois.
Para levar seus produtos a outros povos foram organizadas caravanas terrestres que percorriam pelos rios e rotas marítimas. Dominaram o Mediterrâneo praticamente em sua totalidade e alcançaram à costa da Grã-Bretanha.
No início de suas atividades comerciais atuavam como simples intermediários, utilizando um sistema de permuta, pois compravam produtos em um território e vendiam posteriormente em outro. Com o passar dos anos, começaram a fabricar seus próprios produtos. Neste sentido, tornaram-se especialistas na fabricação de objetos de vidro, joias, vasilhas e todo tipo de ornamento. Os estudos arqueológicos demonstram que estas habilidades foram adquiridas de outros devido ao contato com outros povos, especialmente dos habitantes do Egito e da Mesopotâmia.
À medida que a atividade comercial foi crescendo o sistema de troca se tornou obsoleto, então os fenícios começaram a usar barras de ouro e prata como uma forma de pagamento mais eficaz que a troca. Por este motivo, o próximo passo foi o registro de moedas, um sistema mais fácil de transportar e guardar do que as barras de metal. A letra de câmbio e o sistema de crédito também foram invenções dos fenícios.
Suas riquezas geraram inveja em outros povos, por isso que essas cidades foram saqueadas em várias ocasiões. No entanto, os invasores acabaram imitando os avançados processos de manufatura dos fenícios.
Para que a atividade comercial seja eficiente e rentável é necessário criar um sistema de contabilidade rigorosa e para isso é imprescindível a utilização de um sistema de comunicação baseado em um alfabeto e não num simples pictograma. Assim, os mercados fenícios difundiram o alfabeto consonântico gerando um novo sistema de escrita.
Imagem: Fotolia. Marina
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (ago., 2017). Conceito de Cultura dos Fenícios. Em https://conceitos.com/cultura-fenicios/. São Paulo, Brasil.