No século VII, a religião do Islamismo se expandiu rapidamente pela Ásia ocidental e central, assim como pelo norte da África. No início do século VIII, os muçulmanos ocuparam a península ibérica e o sul da França. Esta situação gerou grande preocupação entre os cristãos da Europa, pois temiam que o Islã se espalhasse por todo o continente europeu.
A partir do século XI, os reinos cristãos iniciaram um período de confrontos militares com as tropas muçulmanas.
Durante dois séculos a Europa medieval iniciou uma série de campanhas para recuperar os lugares santos do cristianismo.
Este período é conhecido como as Cruzadas, uma vez que os soldados cristãos que participaram dessas campanhas usavam uma cruz em suas roupas para representar a doutrina cristã.
No ano 1095, o Papa Urbano II convocou um concílio na cidade francesa de Clermont-Ferrand. Ali, reuniram-se nobres, cavaleiros e membros do alto clero e o Sumo Pontífice propôs a todos que começassem a reconquista dos lugares santos. Para isso, fundaram-se várias ordens militares, como a do Templo e a do Santo Sepulcro.
A cidade santa de Jerusalém se tornou o objetivo mais desejado tanto por cristãos como por muçulmanos.
Em 1099, as tropas cristãs conseguiram tomar a cidade de Jerusalém após uma luta sangrenta na qual a população muçulmana e judaica foi massacrada. Posteriormente, os cruzados fundaram reinos cristãos na Terra Santa e em diversos territórios do Oriente Médio. Estes territórios voltaram às mãos dos muçulmanos no final do século XIII.
Em 1270 ocorreu a oitava e última Cruzada. Todas elas foram convocadas pelos papas como o fim recuperar o Santo Sepulcro de Jerusalém. Durante duzentos anos, os muçulmanos foram conquistando vários territórios, mas não conseguiram vencer a Europa Ocidental.
Os confrontos militares das Cruzadas são avaliados a partir de duas perspectivas diferenciadas. Para alguns, a atitude combativa das tropas cristãs demonstra a intolerância religiosa da Igreja Católica.
No entanto, outros acreditam que a cultura ocidental conhecida não existiria se não fossem as Cruzadas.
Embora o fervor religioso das expedições militares cristãs fosse o principal elemento motivador das Cruzadas, outras causas não devem ser esquecidas, como o aumento da população da Europa e o enfraquecimento progressivo dos senhores feudais frente às monarquias emergentes.
Ambos os fatores tiveram um papel de destaque na busca por novos territórios no Oriente.
Do ponto de vista das tropas cristãs, as Cruzadas não conseguiram a tão sonhada reconquista da Terra Santa, mas foram úteis para estreitar as relações comerciais e culturais entre Oriente e Ocidente.
Imagem: Fotolia. lynea
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (jun., 2018). Conceito de As Cruzadas. Em https://conceitos.com/cruzadas/. São Paulo, Brasil.