O ser humano é um ser que faz perguntas a si mesmo, uma pessoa que é capaz de tomar decisões vinculadas a certos aspectos cotidianos, como escolher o cardápio do dia para saber o que vai preparar e também refletir sobre assuntos transcendentes como a tomada de consciência da própria morte ou de um ente querido.
A morte é algo faz parte da vida e pode causar angústia existencial na pessoa que se sente incomodada com tantas perguntas que não têm uma resposta clara.
A filosofia como ciência é muito valiosa porque nos ajuda a fazer perguntas bem importantes e assim trazer felicidade e consciência da vida, no entanto, a filosofia como mostra a história deste conhecimento humanista não tem trazido respostas definitivas para algumas perguntas mais frequentes do coração humano.
A partir deste ponto de vista, não existem certezas absolutas ao estilo da ciência experimental quando um fato concreto pode ser demonstrado de forma observável. A angústia existencial mostra precisamente a incerteza vital que afeta o sujeito em seu cotidiano, já que estas incertezas têm um peso notável no coração, ou seja, doem muito porque por trás delas se esconde uma grande necessidade de buscar um sentido.
A angústia experimental pode ser sentida em qualquer fase da vida a partir da adolescência, uma vez que esta etapa acontece quando as pessoas começam a ter maior consciência da vida e da morte, como também da sua própria identidade, isto é, a angústia existencial pode estar motivada também pela incerteza de alguns questionamentos importantes, tais como: “quem é você?”, “o que deseja fazer de sua vida para ser feliz?”. Enfim, uma crise pode estar motivada sobre possíveis dúvidas de vocação.
A angústia experimental mostra também o erro humano de viver mais no futuro do que no presente, ou seja, de estar mais no amanhã do que no agora. Quando acontece algo que nos causa angústia existencial, este episódio não costuma ter uma duração breve. Isto é, os questionamentos que a pessoa se faz têm uma intensidade tão profunda que suas respostas não são imediatas. Caso contrário, se a resposta estivesse clara não existiria nenhum tipo de angústia vital.
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Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (nov., 2015). Conceito de Angústia Existencial. Em https://conceitos.com/angustia-existencial/. São Paulo, Brasil.