Quem não tem um amigo, conhecido ou vizinho que faz exatamente o contrário do que dizemos e sempre nos coloca em evidência? Ou um inimigo/rival que deseja sempre nos rebaixar publicamente? Embora estas pessoas recebam de momento ou sempre muitos nomes e apelidos (filho deste ou daquele, ou então paralelismos com o mundo animal), na Internet as pessoas que fazem este tipo de comentário recebem um nome em particular: são os trolls.
Na mitologia nórdica, os trolls são habitantes antropomórficos da floresta, criaturas terríveis capazes dos piores atos contra os humanos, são seus principais inimigos, sequestram seus filhos, fazem raptos, saqueiam as aldeias, etc.
A ficção moderna tornou os trolls, junto com os ogros e outros seres fantásticos, em antagonistas dos humanos nas guerras e diversas batalhas, tudo isso dentro do contexto mitológico escandinavo.
É precisamente por causa do conceito “inimigo dos humanos” ou da raça humana que a palavra troll denomina aqueles usuários da Internet que se divertem atacando os outros em fóruns, chats e demais serviços de comunicação online, assim como atacando sua segurança, invadindo sua privacidade, entre outros, além de buscar o desprestígio público.
As formas mais modernas de trollagem procuram depreciar o colunista em um ambiente online, como num blog, site ou nas redes sociais, através de comentários insultuosos e difamatórios, buscando possíveis erros ou incoerências em seus textos. Inclusive, no caso de não haver erros, o troll passa a inventá-los para tentar deixar a pessoa em evidência.
As redes sociais também são um terreno propício para os trolls. O anonimato que proporcionam (podem-se criar perfis falsos no Facebook, Twitter, Google+, Instagram, entre outros, sem revelar a verdadeira identidade) faz com que a pessoa criticada saia da zona de conforto. Em outros casos, a trollagem é executada “cara a cara” a partir de um perfil com nome e sobrenome, mas em compensação são amparados pela distância e um monitor que separa a vítima do infrator.
Qualquer pessoa pode sofrer assédio de um troll, há ainda personagens desse tipo que são obcecados por mexer com a vítima.
A melhor é ignorá-lo. A onipresença desses personagens deu origem a um dos dizeres mais conhecidos e utilizados na internet: Don’t feed the troll, que significa em inglês “Não alimente um troll”. Esta frase é apresentada diante de uma clara provocação, onde é melhor não responder, pois há o risco do troll se animar e perseguir com maior afinco. Muitas vezes, estes personagens se cansam de perturbar quando são ignorados.
Imagem Fotolia: M-SUR
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (maio., 2019). Conceito de Troll. Em https://conceitos.com/troll/. São Paulo, Brasil.