Nos últimos 50 anos surgiram várias tribos urbanas, sendo cada uma com sua identidade, ideologia e estética. Enquanto os hippies dos anos 60 se opunham às convenções sociais, defendiam o amor livre e os ideais pacifistas, os skinheads dos anos 70 se destacaram por sua atitude desafiante e até mesmo violenta.
O movimento skinhead nasceu nos bairros de classe operária da cidade de Londres e em poucos anos se estendeu para outros países ocidentais.
A origem deste movimento se encontra nos chamados “rude boys”, jovens de origem jamaicana, fãs da música reggae e do ska, que se instalaram nos subúrbios ingleses em busca de um futuro melhor. Curiosamente, os primeiro skins foram antifascistas e antirracistas.
Os skinheads, também conhecidos como cabeças raspadas, não possuem uma filosofia definida, mas sim um princípio vital com algumas características. São indivíduos que poderíamos chamar de antissistema nos dias de hoje. No plano político, um setor desta tribo urbana apresenta inclinações próprias do nazismo, mas o subgrupo dos redskins é claramente antifascista.
Em geral, são apolíticos e apresentam uma imagem geralmente negativa, uma vez que sua cultura está associada a atitudes homofóbicas, violentas e racistas.
Os adeptos a esta subcultura urbana costumam ser torcedores de times de futebol, que comparecem em grupo aos estádios com uma atitude por vezes agressiva e provocadora. Na verdade, parte dos hooligans está integrada ao movimento skin.
Em relação ao seu vestuário e estética, podemos destacar as seguintes características: cabelo raspado, roupas de tipo militar, botas de soldado, jaquetas estilo bomber com patches, jeans e suspensório.
Seus gostos musicais são bem variados: soul, rockstedy, oi, ska, r & b ou punk metal (o gênero Oi! é sem dúvida o que mais se identifica com os skinheads). Alguns filmes sobre esta tribo urbana também se destacam nas telas do cinema, como “Bronco Bullfrog” de 1969, “American history X” de 1998, “This is England” de 2002 ou “Diario de un skin” de 2005.
Uma parte do movimento skin acredita que os meios de comunicação distorceram sua imagem, apresentando este coletivo como um grupo nazista partidário da violência nas ruas. Como reação a este clichê, no final dos anos 80, nos Estados Unidos, foi criada uma organização skin contrária ao racismo. Seus membros fundaram a SHARP, cujas siglas correspondem em inglês a Skinheads Against Racial Prejudice.
Imagens Fotolia: Warmtail, Andrey Kiselev
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (nov., 2018). Conceito de Skinhead. Em https://conceitos.com/skinhead/. São Paulo, Brasil.