O povo judeu foi expulso da Terra Prometida e esta circunstância causou a diáspora, ou seja, o exílio ou a dispersão dos judeus por todo o planeta. No século XIX, iniciou-se um movimento político na Europa com a intenção de que os judeus pudessem recuperar seu território definitivamente e esse movimento recebeu o nome de sionismo, cujo termo provém do Monte Sião, um lugar muito próximo à cidade de Jerusalém.
Em termos políticos o sionismo é entendido como uma forma de nacionalismo. Entretanto, o nacionalismo judeu iniciado na Europa no século XIX tem uma peculiaridade: o elemento que unifica o povo judeu é sua religião. Desta maneira, o sentimento nacional dos sionistas não acontece apenas por causa da sua língua e do território.
Por outro lado, as comunidades judaicas se encontravam numa situação difícil, pois até então a Europa vivia uma onda de antissemitismo. O desejo de uma nova nação criou a necessidade de instituições que impulsionaram o projeto e por isso se formou a Organização Sionista Mundial no início do século XX.
O sionismo como um movimento político não despertou o interesse de toda a comunidade judaica internacional, já que para alguns o regresso à Terra Prometida só poderia ser realizado através da vontade divina. Além da controvérsia entre partidários e opositores da nação judaica, em 1948, foi criado o estado de Israel e o sonho sionista passou a se tornar realidade.
Do ponto de vista dos palestinos, o estado de Israel estabelece uma nova colonização. Consequentemente os palestinos enxergam o sionismo como uma ameaça e uma imposição. Do ponto de vista judaico o sionismo vai além da criação do estado de Israel, pois é um movimento de liberdade nacional. Neste sentido, a maioria dos analistas coincide que não se deve identificar o sionismo como judaísmo, já que o primeiro é um movimento político e o segundo religioso.
O debate sobre o sionismo apresenta diversas ramificações. Para seus críticos é uma ameaça, já que supõe uma tentativa de consolidar o poder judaico na esfera internacional. Outras concepções afirmam que há uma conexão entre o sionismo e a maçonaria. Por outro lado, nem todos os judeus se declaram sionistas atualmente e afirmam que o nacionalismo judaico é a origem da instabilidade política entre os palestinos e os judeus.
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Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (dez., 2016). Conceito de Sionismo. Em https://conceitos.com/sionismo/. São Paulo, Brasil.