Na maioria dos conflitos armados são usados dois tipos de estratégias de maneira paralela. Por um lado, a mobilização de algumas tropas do ponto de vista estratégico e a tática militar. Por outro, uma série de ações complementares e diferentes do uso da força convencional. Esta última dimensão do conflito armado é conhecida pelo nome de guerra psicológica.
Esta proposta não é exclusiva dos confrontos militares, pois também está presente em outros tipos de situações. Existem guerras desta natureza entre alguns casais que estão em processo de separação, entre empresas que competem pelo mesmo nicho de mercado e até mesmo entre os meios de comunicação.
O primeiro e fundamental objetivo é manter elevada a vontade de triunfo das próprias tropas.
Um exemplo clássico desta estratégia acontece quando os soldados de um exército recebem a visita de algum personagem do mundo do espetáculo (Marilyn Monroe e Raquel Welch atuaram para as tropas dos Estados Unidos durante a Guerra da Coreia e a Guerra do Vietnã).
É importante desmoralizar ou intimidar o inimigo através de mensagens que provoquem pessimismo de alguma forma. Em certas ocasiões estas mensagens são falsas, mas através delas é possível gerar incertezas e medo. Esta forma de agir está conectada com a ideia de que na guerra vale tudo.
Através de algum sistema de propaganda existe a possibilidade de tentar mudar a mentalidade das massas que apoiam as forças inimigas.
Os slogans nos cartazes de guerra tiveram um papel de destaque nos vários conflitos do século XX.
Os sistemas de propaganda constituem a arma fundamental de toda guerra psicológica. Para isso são usados cartazes de guerra com slogans acompanhados de todo tipo de imagem sugestiva.
No cartaz com a figura do Tio Sam aparece uma mensagem retumbante: “Eu quero você”. Com este slogan o governo dos Estados Unidos se dirigia ao conjunto da sociedade para fazer com que os jovens se alistassem no exército. O cartaz foi utilizado na Primeira e Segunda Guerra Mundial.
O governo republicano popularizou um lema para manter elevada a moral dos madrilenos: “Não passarão”.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o nazismo alemão colocou em prática uma potente máquina de propaganda para manter os alemães unidos. Entre os slogans empregados podemos destacar um deles: “Um povo, um Reich, um Führer”.
Os cartazes de propaganda já passaram de moda na história. Atualmente as mensagens publicitárias estão no contexto da internet e das redes sociais. A propagação de “fake news” (notícias falsas) é a nova ferramenta da guerra psicológica.
Imagem: Fotolia. Firma V
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (jul., 2018). Conceito de Guerra Psicológica. Em https://conceitos.com/guerra-psicologica/. São Paulo, Brasil.