Quando se fala de figuras literárias, se refere principalmente às formas de linguagem e comunicação projetadas para enfatizar, iluminar, decorar ou desenhar expressões normais. Neste sentido, as figuras literárias recorrem a palavras com seu significado próprio e comum, mas transformando-o de modo que ganhe uma nova expressividade e que sirva para situações específicas nas quais essas formas de linguagem são úteis e interessantes. Embora as figuras literárias possam também ser usadas na comunicação cotidiana, recebem esse nome ao ser especialmente eficiente na produção literária.
De acordo com o que é comumente aceito, a linguagem apresenta dois tipos principais de figuras literárias. Um destes tipos tem a ver com o modo em que as palavras são expressas e outro com o significado simbólico apresentado a essas palavras quando são usadas em forma de figuras literárias. As primeiras são conhecidas como figuras de dicção e as segundas como figuras de pensamento.
Entre as primeiras podemos citar figuras como as apócopes (por exemplo, em espanhol “gran” em lugar de grande ou “tercer” em lugar de terceiro. Além das formas abreviadas e aceitadas socialmente como é o caso de “tele” para televisão ou “tel” para telefone), a elipse (que suprime alguns termos já mencionados com o objetivo de clarear o significado da oração), o hipérbato (que consiste em alterar a ordem gramatical das palavras fazendo com que não se respeite a regra do sujeito+verbo+complementos), entre outras.
Nas figuras literárias de pensamento encontramos a paráfrase (a reinterpretação de um texto, frase ou oração – daí o verbo “parafrasear”), o epíteto (que acrescenta adjetivos aos substantivos, por exemplo, “o imenso mar”), a exclamação (utilizada para expressar emoções intensas) ou a personificação (atribuição de qualidades de pessoas a objetos ou entidades inanimadas), entre outras.
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (maio., 2014). Conceito de Figuras literárias. Em https://conceitos.com/figuras-literarias/. São Paulo, Brasil.