Atualmente, todas as atividades a que já estamos habituados e das quais depende a satisfação de cada uma das nossas necessidades mais básicas, são possíveis graças a um grande investimento de energia, recurso proveniente maioritariamente da transformação de matéria orgânica, como o petróleo e o gás, classificado como combustível fóssil pela sua origem e cuja obtenção e processamento representam uma das maiores fontes de perturbação e poluição ambiental para todos os meios, chegando tarde ao ponto em que devemos orientar-nos para a geração de novas fontes de energia numa base escala global que representem menor impacto e permitam a manutenção da qualidade de vida de toda a humanidade. Entre outras possibilidades que permitem a adoção de energia renovável estão:
1) a implementação em pequena escala dos mecanismos para obtê-la, tornando-a uma fonte descentralizada e autônoma;
2) a capacidade de geração distribuída, pela possibilidade de ser obtida na mesma área onde será consumida, reduzindo as perdas de energia por transmissão e distribuição, o que implicaria em aumento de sua eficiência;
3) a oportunidade de gerar novas fontes de emprego, aumentando o potencial econômico das regiões;
4) a promoção do desenvolvimento tecnológico no sentido da melhoria progressiva da eficiência energética e da redução dos investimentos necessários à sua obtenção;
5) a diminuição da dependência energética através da importação de combustíveis fósseis e dos riscos associados às flutuações de preços e às discrepâncias geopolíticas;
6) permitir a participação cidadã por projetos locais geridos pelas próprias comunidades.
Além disso, deve ser cumprida a variável de garantir a sustentabilidade das fontes de energia, para evitar o seu esgotamento e reduzir o impacto nos recursos naturais, além de também poder demonstrar uma redução significativa nas emissões de carbono, ponto que particularmente não foi tão viável quanto estimado.
O investimento primário de recursos para a criação de infraestruturas geradoras de energias renováveis ainda depende inteiramente da utilização da energia produzida com combustíveis fósseis, desde o mais pequeno parafuso, até às chapas ou tubos de aço, e até ao betão ou à madeira utilizada, obtém-se absolutamente tudo e processado por indústrias com elevados níveis de emissões de carbono, o que na perspectiva dos defensores mais radicais da adoção de energias renováveis, torna-se uma das principais inconsistências que limitam a implementação de soluções potenciais em larga escala para os problemas energéticos e ambientais que temos criada.
A par desta desculpa, surgiram muitas outras questões, tais como: as implicações do armazenamento de energia produzida por meios renováveis; o impacto visual e ambiental que as infraestruturas geradoras causam, porque necessitam de estar localizadas em ambientes geográficos que permitam o aproveitamento de energia potencial proveniente da natureza, como se os poços petrolíferos e as gigantescas refinarias já não tivessem tido um impacto suficiente; a estabilidade da geração e distribuição de energia, em função da variação incontrolável dos fenômenos naturais dos quais ela é obtida; educação em escala global que garanta a correta formação das pessoas quanto à adoção de um novo modelo energético; o impacto econômico que implica a alteração de muitas estruturas e artefatos, como automóveis e diversos meios de transporte, bem como o aumento da poluição produzida pela sua eliminação; o impacto nas espécies, na biodiversidade e nas populações humanas que poderá ocorrer devido ao estabelecimento de novas estruturas e redes; e o estabelecimento de políticas e marcos regulatórios sólidos que satisfaçam igualmente os interesses de todas as nações, capazes de superar a resistência às mudanças resultantes dos interesses particulares das indústrias envolvidas na cadeia produtiva de energia fóssil; acrescentando assim um grande número de aspectos que obstaculizam a transformação global para uma nova era de sustentabilidade energética com a qual os problemas que induzem as alterações climáticas possam ser enfrentados.
As fontes potenciais de obtenção de energia renovável mais viáveis até o momento são:
1) solar, por meio de painéis que permitem a captação da radiação solar e sua conversão em energia elétrica;
2) vento; aproveitando a energia cinética dos ventos; 3) hidrelétrica, devido à energia cinética do fluxo de água nos rios e reservatórios que movimentam as turbinas geradoras;
4) geotérmico, com aproveitamento do calor interno da Terra emanado pelas fissuras terrestres; biomassa, servindo como matéria orgânica produto de resíduos agrícolas e florestais para a geração de calor e eletricidade; e oceânica, sob os princípios termodinâmicos que permitem o aproveitamento das correntes oceânicas e a diferença de suas temperaturas.
Artigo de: Serena Cuoghi. Professora graduada em Biologia pela UPEL. Docente especialista em dificuldades de aprendizagem. Experta em PNL e Superaprendizagem. Trabalha em Ciências Biológicas, e é pesquisadora em Biodecodificação.
Referencia autoral (APA): Cuoghi, S.. (Fevereiro 2024). Conceito de Importância da Energia Renovável. Editora Conceitos. Em https://conceitos.com/importancia-energia-renovavel/. São Paulo, Brasil.