Em algumas religiões orientais, especialmente o budismo e o hinduísmo, o conceito de dharma é usado para referir-se a qualquer prática espiritual. Desta maneira, os ensinamentos do Buda, os textos hindus e as técnicas de meditação incorporam um dharma. Este é um vocábulo sânscrito que muitas vezes pode ser traduzido como “propósito na vida”.
Em qualquer de suas manifestações, observa-se um componente transformador do indivíduo. Este conceito pode ser entendido como um caminho espiritual que leva à paz interior. Trata-se, portanto, do verdadeiro caminho para alcançar o autoconhecimento, a sabedoria e a felicidade.
A ideia de dharma pode ser entendida como uma lei universal projetada sobre cada um de nós.
Além da dimensão espiritual, o dharma pode ser compreendido como uma lei geral que rege tudo o que existe. Segundo esta lei, as mais variadas manifestações do universo têm determinada forma física, pois estão orientadas a cumprir um propósito concreto. A forma humana tem uma aparência geral, mas é diferente em cada indivíduo em particular. Portanto, somos seres únicos e exclusivos com necessidades igualmente únicas.
1) estamos aqui para descobrir o nosso eu espiritual,
2) cada pessoa tem um talento especial que lhe torna um indivíduo especial,
3) devemos nos perguntar o que fazer para ajudar os demais.
Na religião cristã existem obrigações que devemos cumprir, como os dez mandamentos. Em compensação, no budismo não existe a noção de pecado ou a ideia de mandamentos num sentido estrito. No entanto, há propostas ou caminhos que se recomendam a seguir para alcançar a felicidade.
Estas sugestões estão integradas ao dharma e algumas delas são as seguintes: não matar qualquer ser vivo porque todos fazem parte de um todo; não roubar nem desejar os bens do próximo porque do contrário estaríamos descuidando de nossa espiritualidade e não mentir ou manipular ninguém porque desta forma estaríamos promovendo a dor em nós mesmos.
Para os budistas o karma é como a lei de causa e efeito para os ocidentais. Em outras palavras, significa que nossas ações físicas, verbais ou espirituais sempre trazem consequências. Desta maneira, quando fazemos o bem geramos felicidade e quando fazemos o mal produzimos dor e sofrimento. Esta lei significa que a felicidade não pode ser resultado de uma ação negativa anterior.
Cada indivíduo tem seu próprio karma dominante, por outro lado, é o único responsável sobre suas ações. No budismo o caminho espiritual do dharma é o adequado para desenvolver um karma positivo.
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Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (nov., 2017). Conceito de Dharma. Em https://conceitos.com/dharma/. São Paulo, Brasil.