Este termo hebraico se refere ao conjunto de livros que compõem a Bíblia hebraica. Equivale ao Antigo Testamento do Cristianismo, mas alguns livros como os deuterocanônicos não estão integrados ao Tanach. Esta palavra é um acrônimo que se refere às três seções da Bíblia hebraica: Torá, Nevi’im e Kentuvim.
Os livros Tanach começaram a ser escritos na época do rei Davi, por volta de 1000 a. C e foram definitivamente escritos no século II da era cristã (todos os livros incluídos no Tanach formam o denominado cânon palestino, sendo redatados por sábios da tradição rabínica). De qualquer forma, o cânon da Bíblia judaica não inclui os livros apócrifos.
Compreende os cinco livros que formam a Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio). O termo Pentateuco menciona seu conjunto. É também conhecida como “o livro de Moisés”, já que seu autor foi Moisés, o principal legislador da cultura hebraica.
O livro da Gênesis conta a história da criação. O êxodo narra a libertação da escravatura do povo de Israel e sua chegada à Terra prometida. O Levítico é um manual religioso destinado aos sacerdotes.
O livro dos Números é assim chamado porque detalha os números precisos sobre diversos assuntos (sacrifícios, cabeças de gado, libações e outras contagens).
Por último, o Deuteronômio é um conjunto de explicações das leis judaicas.
Na segunda seção da Bíblia hebraica, conta-se a história do povo de Israel. Trata-se de uma narrativa cronológica que menciona as contribuições dos mais variados profetas, todos eles inspirados pela divindade.
Os diversos profetas – especialmente os denominados anciãos como Isaías, Ezequiel, Daniel e Jeremias – foram escolhidos por Deus para guiar o povo de Israel.
A terceira parte do Tanach inclui diversos textos sagrados: os livros da Verdade, os cinco rolos lidos nas festividades judaicas, o Cântico dos Cânticos, os Salmos e os livros históricos. Na tradição hebraica, os Kentuvim têm um protagonismo especial durante a festa de Sukot (Tabernáculos), a Pésaj (Páscoa) e a Shavuot (Pentecostes).
Em 2014 parte da Bíblia hebraica foi publicada. A adaptação ao hebraico moderno gerou disparidade de opiniões na comunidade judaica.
Para alguns, é uma boa proposta porque o Tanach tradicional não é fácil de interpretar para os judeus. Para outros, a tradução de um texto sagrado representa um desvio das autênticas tradições.
Imagem: Fotolia. Andrea Izzotti
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (ago., 2018). Conceito de Tanach. Em https://conceitos.com/tanach/. São Paulo, Brasil.