Conceito de Rohinyá

A comunidade Rohinyá está integrada a Mianmar, antiga Birmânia. Constitui um coletivo levemente superior a um milhão de pessoas dentro de um país que ultrapassa os 60 milhões de habitantes. Seus direitos individuais estão sendo pisoteados porque formam um coletivo muçulmano em um país predominantemente budista. São hostilizados por membros da etnia budista arakanese e dos militares de Mianmar.

Uma violenta campanha lhes forçaram a abandonar o país

Aqueles que resistem em suas localidades devem assumir todo tipo de perigo e inclusive o extermínio (calcula-se que mais de 20.000 rohinyas tenham sido assassinados).

Para justificar esta perseguição, o governo Mianmar lhes acusaram de atos terroristas. Por outro lado, não se deve esquecer quando a Birmânia foi libertada do domínio britânico, os rohinyas participaram na repressão do povo birmanês.

Um genocídio ignorado pelos grandes meios de comunicação

Nos últimos anos, os rohinyas estão sendo perseguidos e obrigados a deixar seu próprio país. Suas casas foram incendiadas, muitas mulheres estupradas e milhares delas assassinadas. Esta situação de desamparo lhes forçou a deixar suas aldeias.

Não receberam apoio de seu país natal e lhes foi negada a cidadania. Isto significa que mais de um milhão de pessoas não têm direito de receber educação ou atendimento médico.

Em Bangladesh foram organizados campos de refugiados dos quais milhares de homens e mulheres vivem em condições muito precárias. O povo rohinya também se deslocou para a Indonésia, Malásia e Tailândia através de pequenas embarcações ilegais que muitas vezes afundam no mar. Como em outras latitudes, os barcos estão nas mãos de traficantes de pessoas.

As nações receptoras não estão sendo exatamente acolhedoras e têm a intenção de expulsá-las de seu território. Esta situação gera um conflito em nível internacional, pois segundo os princípios da ONU não é legítimo devolver alguém a seu país quando está sendo perseguido ou se encontra ameaçado.

A tragédia deste povo não é desconhecida pela comunidade internacional, neste sentido, os responsáveis pela ACNUR afirmam que os rohinyas são vítimas de genocídio. Alguns analistas afirmam que o extermínio deste povo é bem parecido com o genocídio de Ruanda em 1994.

O papel de Aung San Suu Kyi

Aung San Suu Kyi é internacionalmente conhecida por dois motivos: durante anos foi prisioneira política do governo da junta militar de Mianmar e em 1991 recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

Em 2016, sua situação mudou radicalmente e desde então dirige o Ministério das Relações Exteriores de seu país. Chama a atenção que uma defensora dos direitos humanos não tenha um papel mais ativo em relação à perseguição sofrida pelo povo rohinyá.

Imagens Fotolia: Curioso, Glisic_albina

Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (jan., 2019). Conceito de Rohinyá. Em https://conceitos.com/rohinya/. São Paulo, Brasil.

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