Quando em uma união matrimonial um indivíduo está casado com mais de uma pessoa cria-se um fenômeno chamado poligamia. Este termo vem do grego “polis”, que quer dizer vários e pela palavra “gamos”, que significa matrimônio.
A poligamia é um tipo de casamento pouco comum e isso se deve a dois motivos fundamentais:
1) O núcleo familiar mais utilizado é a monogamia, ou seja, um homem casado com uma mulher (vínculo inspirado pela tradição judaico-cristã).
2) A maioria das legislações não reconhecem a poligamia como fórmula matrimonial. Assim, do ponto de vista religioso a poligamia é considerada uma união pecaminosa e contrária à lei de Deus; já do ponto de vista jurídico a poligamia não é reconhecida pela lei.
Várias maneiras de entender a poligamia
Um matrimônio formado por mais de duas pessoas pode ser entendido através de duas maneiras: um homem com várias mulheres (poliginia) ou uma mulher com vários homens (poliandria). A poliginia é a versão da poligamia mais comum e é uma fórmula que ainda pode ser encontrada em alguns países de religião muçulmana, em alguns grupos minoritários de religião mórmon ou dentro do hinduísmo. A poliandria já não é tão comum como a poliginia e está relacionada a algumas sociedades matriarcais já desaparecidas.
Embora a poligamia se contraste com a tradição religiosa judaico-cristã, assim como com o ordenamento jurídico da maioria dos países, deve-se destacar que legalmente não é fácil sua proibição de forma absoluta, já que a liberdade de consciência também é reconhecida pelas leis. Desta maneira, nos últimos anos, alguns casamentos polígamos (por exemplo. os mórmons de Utah nos Estados Unidos) foram reconhecidos legalmente por um juiz federal, pois se acreditava que sua proibição iria contra os princípios da liberdade religiosa, que defende a própria constituição americana.
Independentemente da questão religiosa, na atualidade, a poligamia é praticada em alguns casos como uma opção a mais de convivência. Para evitar um problema de caráter legal, muitas uniões sentimentais com mais de dois membros acontecem fora do casamento. Estas uniões são conhecidas como o nome de poliamor, ou seja, amar mais de uma pessoa, só que de maneira organizada e compartindo uma vida em comum.
Atualmente existem grupos que praticam esta modalidade de união afetiva, pois entendem que nenhuma lei ou dogma religioso pode impor como devem organizar suas vidas e suas relações sentimentais.
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Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (out., 2016). Conceito de Poligamia. Em https://conceitos.com/poligamia/. São Paulo, Brasil.