Importância da Pintura a Óleo (exemplos e autores)

Serena Cuoghi | Novembro 2023
Título de Professora em Biologia

Um dos recursos mais utilizados nas artes plásticas ao longo da história é a pintura a óleo, tanto como base como técnica propriamente dita, que deu origem a inúmeras obras artísticas desde o Renascimento até à Arte Contemporânea, devido à grande variedade de propriedades plásticas que possui, entre as quais se destacam: 1) a maleabilidade que possui para a criação de efeitos, bem como a sua adaptação e adesão a diversas superfícies; 2) a variedade de cores que permite na composição e construção a partir de múltiplos elementos e substâncias químicas orgânicas e inorgânicas, apresentando-se como o veículo ideal para a captação e transmissão da cor; 3) a sua durabilidade devido à sua elevada aderência às superfícies, qualidade que lhe permitiu transcender o tempo; 4) o uso ilimitado permite textura e profundidade nas obras; e 5) os efeitos de luz e sombras que podem ser desenvolvidos através de técnicas que desafiam a percepção visual e facilitam a criação de atmosferas e estilos particulares.

Estas competências tornaram a pintura a óleo popular entre os artistas durante séculos, a ponto de fazer parte dos estudos obrigatórios nas disciplinas das artes plásticas à escala global, o que não só conseguiu a sua universalização como também a sua complementação na formação artística, através de uma técnica que estimula e desafia o desenvolvimento criativo, visual e a capacidade de abstração dos alunos, orientando-os para a exploração máxima dos seus dons e talentos para a arte.

Vantagens práticas que secam com o tempo

Além do estímulo às habilidades cognitivas relacionadas à gestão e interpretação visual-espacial, a pintura a óleo, por sua característica particular de secagem lenta, propõe-se como uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento da paciência necessária na construção de uma obra, permitindo a sua intervenção contínua durante longos períodos que favorecem o amadurecimento da ideia da obra na mente do próprio artista, necessidade mais do que prevalecente na realidade do imediatismo contemporâneo da vida de hoje que contagiou também o mundo do plástico artes e, portanto, cujas obras feitas a óleo ainda são consideradas de valor muito superior às suas congéneres em acrílico.

A paciência que o artista desenvolve através do uso do óleo, aliada à base de conhecimentos técnicos necessários à obtenção de um resultado artístico eficiente, estão entre as qualidades mais valorizadas da sua expressão por quem contempla e adquire a sua obra, ao longo das quais se deve somar a marca pessoal que cada pincelada de tinta a óleo reflete, revelando o desenvolvimento da habilidade manual do artista ao longo do tempo, e o uso da pintura a óleo torna-se uma disciplina que estimula o artista de forma permanente ao longo de sua carreira, orientando-o para um crescimento constante que desafia ele em todos os seus aspectos mentais e pessoais. Essa ligação íntima, capaz de evocar o trabalho no manejo do petróleo, tem orientado a adoção desse recurso como potencial terapêutico na abordagem de múltiplos transtornos mentais, tornando-o um grande aliado da psicologia e da psiquiatria modernas, que contemplam com interesse e fascínio na correlação entre o uso e manejo da cor e das linhas, com as emoções e humores do paciente, como acontece com os artistas, revelando informações valiosas que muitas vezes não conseguem obter nas sessões terapêuticas convencionais., compreendendo através disso com maior precisão e profundidade a natureza das impressões mentais que podem estar perturbando o estado psicológico de seus pacientes.

Participação comercial

Ao valor subjetivo do trabalho realizado com tinta a óleo enquadrado no contexto da complexidade da sua utilização, acrescenta-se o elevado custo dos materiais face ao investimento necessário para trabalhar com tintas acrílicas e outras tintas aquosas, gerando uma dinâmica comercial naturalmente direcionada num alvo maior em termos de potenciais clientes das obras e galerias expositivas, vendo a pintura a óleo como um produto mais elitista, acima dos trabalhos desenvolvidos com outras técnicas e materiais, o que permite ao artista gerar maiores lucros através do seu trabalho em compensação às exigências feito utilizando o óleo para se expressar, enquanto a qualidade do desenvolvimento pessoal refletido na evolução de seu trabalho estimula o desejo de colecionar seu trabalho diante dos conhecedores de arte.

Por outro lado, a conservação das obras petrolíferas também exige maior complexidade, exigindo preparação técnica avançada de profissionais dedicados ao restauro e investimento constante na matéria por parte de galerias e museus, especialmente para obras protegidas ao longo dos séculos, sendo esta uma tarefa nada simples. ou tarefa econômica, que costuma consumir grande parte dos lucros gerados pela exposição artística, cabendo aos colecionadores particulares garantir com seus próprios meios a manutenção do estado de conservação de suas obras e a trajetória que elas continuarão, uma vez que não podem já não desfrutam de sua admirada coleção, chegando muitas vezes aos prósperos leilões através de herdeiros com gosto pela arte não tão resistente quanto o de seus antecessores.

Vestígios na História da Arte

Quanto à longevidade que a tinta a óleo confere às obras, esta destaca-se como parte dos elementos essenciais que permitiram a transcendência da sua utilização desde os seus primórdios na Europa do século XV, altura em que se iniciaram as experiências com a mistura de óleos, como o óleo de linhaça, com os diversos pigmentos que permitiram a captação da cor para a sua conservação ao longo do tempo, popularizando rapidamente tanto a expressão artística como o desejo experimental de aperfeiçoamento de um recurso cuja transformação ao longo dos séculos lhe permitiu preservar também a permanência da sua aplicabilidade.

Entre os artistas reconhecidos ao longo dos séculos, tanto pelo seu talento como pelas contribuições que geraram para o desenvolvimento e popularização da pintura a óleo, destacam-se entre muitos outros:

1) Jan van Eyck (1390-1441), a quem é comumente atribuído o desenvolvimento da técnica de pintura a óleo no século XV, sendo a sua obra “O Homem do Turbante Vermelho” uma das suas representações mais citadas.

2) Leonardo da Vinci (1452-1519), que utilizou esta técnica para recriar “A Última Ceia”, enquanto por sugestão dos versos da pintura a óleo de “La Gioconda” muitos a consideram uma ópera inacabada como parte do encanto, e torna-se a pintura mais famosa do mundo.

4) Rembrandt van Rijn (1606-1669), como pintor da Idade de Ouro Holandesa, tem a responsabilidade de ter ampliado a capacidade dramática da pintura a óleo, com o jogo de luz e sombra que lhe permitiu criar retratos e cenas históricas de realismo particular.

5) Vincent van Gogh (1853-1890), cuja peculiar capacidade impressionista tornou-se o impulso da pintura a óleo para a sua transcendência na modernização que lhe permitiu chegar à arte contemporânea.

Artigo de: Serena Cuoghi. Professora graduada em Biologia pela UPEL. Docente especialista em dificuldades de aprendizagem. Experta em PNL e Superaprendizagem. Trabalha em Ciências Biológicas, e é pesquisadora em Biodecodificação.

Referencia autoral (APA): Cuoghi, S.. (Novembro 2023). Conceito de Importância da Pintura a Óleo (exemplos e autores). Editora Conceitos. Em https://conceitos.com/importancia-pintura-oleo/. São Paulo, Brasil.

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