O idealismo alemão é uma corrente filosófica do século XIX, que se enquadra dentro do espírito romântico de sua época. O mais representativo desta tendência é o filósofo Hegel e em segundo plano está Fichte e Schelling.
O ponto de partida da reflexão filosófica não faz parte da realidade do mundo exterior, mas sim do próprio sujeito pensante. Em outras palavras, o que importa não é o mundo, mas sim sua representação como um ideal.
O idealismo alemão é uma tentativa de responder a uma pergunta de caráter metafísico: como a realidade pode ser conhecida?
A realidade das coisas só pode ser entendida a partir da consciência que o ser humano tem sobre esta realidade. Neste sentido, o idealismo alemão se opõe à tradição realista, que consiste em identificar a realidade das coisas com o pensamento.
A abordagem de Hegel está baseada na ideia de que a natureza e o espírito são a consequência do absoluto. Na verdade, a filosofia é a ciência do absoluto e esta afirmação está baseada no seguinte argumento:
1) numa primeira fase os ideais são concebidos por si só e a partir deste nível o espírito humano parte da subjetividade;
2) numa segunda fase os ideais são compreendidos fora de si, ou seja, através da natureza, uma reflexão que faz parte do espírito objetivo;
3) o espírito absoluto entende os ideais de tal forma que o subjetivo e o objetivo desaparecer e a arte, a religião e a filosofia se tornam as três dimensões do espírito absoluto.
Para Hegel os ideais são a base de todo o conhecimento, neste sentido, seu raciocínio sobre os três níveis de espírito enfatizam como os ideais estão mudando a realidade do mundo e se tornam ideais.
A síntese do idealismo hegeliano expressa um dos seus ideais mais ilustres: o pensamento racional não pode ser separado da realidade e a realidade só faz sentido se fizer parte da razão. Esta abordagem significa que o mundo criado a partir de nossos ideais não é algo absurdo, por outro lado, nosso raciocínio lógico se conecta com a realidade.
A filosofia de Marx é materialista, portanto, se opõe ao idealismo de Hegel. Segundo Marx, não é a consciência do homem que explica a realidade, mas sim são as condições reais e materiais que determinam a consciência.
Imagem: Fotolia. orion_eff
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (fev., 2017). Conceito de Idealismo Alemão. Em https://conceitos.com/idealismo-alemao/. São Paulo, Brasil.