Em 1933, Hermann Göring fundou a Gestapo, a polícia secreta de Hitler. A atividade desta corporação policial se manteve até o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945. Seus membros realizavam uma tarefa fundamental para os interesses nazistas: perseguir e eliminar os adversários do nacional-socialismo. Neste sentido, a polícia secreta de Hitler se tornou uma eficaz arma letal.
Como todos os regimes ditatoriais, o nazismo organizou um sistema baseado no controle social e no terror. Nos arquivos da Gestapo havia informação detalhada sobre a ideologia da população alemã como um todo. Enquanto os agentes estavam envolvidos com a tortura e a espionagem, nos documentos oficiais, esta organização se apresentava com um legítimo propósito: a proteção do povo e do Estado alemão.
Para conseguir informação os oficiais da policia secreta usavam várias estratégias: escutas telefônicas, violação da correspondência e espiões infiltrados nas organizações clandestinas. Apesar da eficácia destes métodos, a principal fonte de informação vinha das delações e das denúncias dos cidadãos alemães.
De qualquer forma, a temida Gestapo realizava uma atividade intensa, pois eram muitos os seus inimigos: judeus, testemunhas de Jeová, comunistas, homossexuais, ciganos, republicanos espanhóis, jovens contestatários, enfim, todos aqueles que se desviavam dos princípios ideológicos do nacional-socialismo.
A polícia secreta do nazismo podia prender as pessoas sem a necessidade de respeitar os procedimentos judiciais e para isso recorria ao sistema de detenção preventiva. A sede central da Gestapo estava situada em Berlim e os berlinenses se referiam a este lugar como “a casa dos horrores”. Vale lembrar que os agentes que fizeram parte dessa corporação policial foram divididos em duas categorias: assistente criminal e secretário criminal.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial deu início aos processos de Nuremberg para julgar os oficiais nazistas. Nas sentenças definitivas, a Gestapo foi declarada como uma organização criminosa.
A empresa alemã IBM se colocou a serviço do nazismo e com os primeiros computadores toda a informação da Gestapo era efetivamente gerenciada.
Hugo F. Boss (fundador da empresa Hugo Boss) se filiou ao partido nazista em 1931 e graças a isso sua modesta fábrica têxtil pôde contar com um grande número de trabalhadores coagidos de origem judaica. A marca popular de roupas abandonou a fabricação de peças para a população civil e passou a confeccionar uniformes militares para os nazistas.
Ambos os casos mostram como determinadas empresas estiveram envolvidas, direta ou indiretamente, em base de seus próprios interesses.
Imagem: Fotolia. Ozgur
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (maio., 2018). Conceito de Gestapo. Em https://conceitos.com/gestapo/. São Paulo, Brasil.