Conceito de Esperanto

No mundo existem milhares de línguas e dialetos. Esta realidade dificulta a comunicação, especialmente no plano internacional. No final do século XIX, um oftalmologista polonês chamado Ludwik Lejzer Zamenhof teve a brilhante ideia para melhorar a comunicação entre os habitantes do planeta: a criação de um idioma universal. Este idioma foi chamado inicialmente de Linguo Internacio, mas em pouco tempo ficou conhecido como Esperanto.

Com o esperanto não havia a intenção de substituir as línguas existentes, pois sua finalidade é proporcionar um veículo complementar para facilitar o entendimento no plano supranacional

O documento constitutivo deste idioma é a Declaração de Boulogne, que foi publicada em 1905. Em seu conteúdo aparecem vários parágrafos: a finalidade desta língua auxiliar, sua gramática e um dicionário específico.

O esperanto não é apenas uma língua, uma vez que vem acompanhado de certos ideais. Assim, pretende-se criar uma linguagem neutra para favorecer o entendimento entre pessoas que falam línguas diferentes. Por outro lado, o movimento esperantista enfatiza uma circunstância: o novo idioma não tem nenhuma intenção dominante nem quer se tornar uma ferramenta de poder. Conforme especificado na Declaração de Boulogne, o esperanto é patrimônio da humanidade.

Observando detalhes

– O projeto inicial de Zamenhof contou com a colaboração de sua esposa e de seus amigos do colégio. No entanto, os primeiros esboços do projeto foram queimados por seu pai enquanto ele se encontrava fora de casa, iniciando seus estudos de medicina.

– A iniciativa de uma língua universal não era a única de seu criador, uma vez que Zamenhof também trabalhou em dois projetos com foco internacional: uma moeda única para o mundo todo e uma nova religião universal.

– Entre suas principais características, destaca-se uma: pode ser aprendido muito rapidamente (calcula-se que com 150 horas de estudo é possível falar com fluidez).

– Dois dos primeiros intelectuais que apoiaram o projeto do novo idioma foram: o escritor russo Leon Tolstoy e o escritor francês Jules Verne.

– A partir de 1910 o esperanto se propagou em todo o mundo. Na França seu uso foi recomendado nas publicações de caráter científico. Em países como China ou Bulgária, começou a ser estudado nas escolas. As autoridades educacionais do Brasil promoveram seu uso na correspondência e a Liga das Nações propôs que o Esperanto fosse apoiado como língua auxiliar.

– Com a chegada ao poder dos nazistas, na Alemanha, proibiu-se uso desta língua.

– Em 1966, na Argentina, foi lançado um novo projeto: um serviço de passaporte para que os esperantistas do mundo inteiro pudessem hospedar-se gratuitamente nos lares de outros usuários da nova língua. Na atualidade, este serviço existe em 89 países e a França é o país com o maior número de usuários registrados (119).

– Calcula-se que atualmente 2 milhões de pessoas façam parte da comunidade esperantista.

– A maioria dos linguistas acredita que este idioma auxiliar com projeção internacional não conseguir atingir seu objetivo, pois não é fácil convencer uma comunidade toda a adotar um novo idioma.

Imagens Fotolia: Natalia, Katykin

Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (jan., 2019). Conceito de Esperanto. Em https://conceitos.com/esperanto/. São Paulo, Brasil.

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