Entende-se por relacionamento o vínculo, geralmente entre duas pessoas, de natureza amorosa, que pode assumir a forma de namoro, concubinato ou casamento. O termo “casal” explica a simetria característica desse tipo de relacionamento que por estar configurado no tradicional homem-mulher, bem como por dois homens, duas mulheres ou pessoas não binárias.
Para que o vínculo amoroso perdure no tempo, é importante a escuta atenta, o respeito às diferenças, a comunicação de emoções e sentimentos, a realização de projetos conjuntos e individuais. Isso está longe de ser fácil, mas se alcançado, com esforço e perseverança, traz grandes recompensas.
Embora as brigas façam parte do relacionamento, elas devem ser resolvidas em clima de entendimento, entendendo que os membros da relação estão ali por sua própria vontade e com a liberdade de terminar a referida união, caso julgue necessário.
Para o casal prosperar, compartilhar experiências é tão importante quanto ter um espaço próprio onde possam se realizar plenamente. Ter outros vínculos fora do casal o fortalece e o torna menos tedioso.
O hábito, a repetição do dia a dia e as dificuldades da vida podem desgastar a relação. Aliás, a rotina é motivo frequente de separações, devido ao cansaço de um ou de ambos os membros da relação. Outros motivos comuns são infidelidade, diferença de prioridades e/ou falta de comunicação.
Os detalhes são essenciais para o amor se manter vivo, por exemplo, presentes, jantares, saídas, um café da manhã feito em casa, relembrar datas especiais, viagens, passeios e tudo o que faz o parceiro se sentir amado e valorizado, renovando o afeto.
Quando algo não está dando certo e o casal não consegue se entender ou abrir espaço para si, está angustiado ou impotente, é necessário encontrar uma forma de resolver seus conflitos e um profissional psicólogo pode ser de grande ajuda.
A terapia de casal é útil para esclarecer os sentimentos, desconfortos e feridas que possam existir na história comum -e individual-, serve para prestar atenção, buscar arranjos, empreender projetos ou o que for necessário para o bem-estar de quem frequenta a terapia, bem como se eles continuam em seu caminho juntos ou separadamente a partir daí.
O objetivo é descobrir onde está o desejo de cada um, colocar a situação na mesa e resolvê-la, da forma que o casal escolher, revelando alguns aspectos que ajudarão a tomar uma decisão mais ponderada.
Os relacionamentos podem nos prejudicar se nosso parceiro não nos valoriza e nos respeita como um semelhante. Existem certos indivíduos que tratam os outros como objetos ou meios para seus fins, não têm empatia e/ou gostam de ferir. É de quem devemos nos cuidar e manter distância, por amor-próprio.
A violência não se reduz a golpes, embora seja quando ela gera mais escândalo na sociedade. Existe também a violência psicológica, emocional, econômica ou patrimonial e sexual.
A comunidade deve ser educada contra esse tipo de relacionamento porque, ao contrário da violência física, outros tipos de violência não são reconhecidos como tal, em muitos casos.
Provocações, humilhações e ameaças são violência, manipular o outro para ficar ao seu lado, exigir que não se vista de determinada maneira, controlar com quem pode falar ou onde pode ir, não permitir que saia com amigos ou marcar horários, etc
Em geral, a violência começa de forma quase imperceptível, crescendo aos poucos. Desta forma, torna-se lentamente presa, como se fosse vítima de uma armadilha, onde também é frequente atos de violência seguidos de pedidos de desculpas e depois fazer o mesmo ou pior.
Vemos hoje à formação de relacionamentos diversos, diferentes do tradicional homem/mulher, bem como os objetivos de se estar em uma relação mudaram, e a busca por constituir uma família com filhos não é mais o sonho de todos. As vezes, os membros da relação querem viajar, ter um animal de estimação, dedicar-se a carreira profissional ou o mais básico de tudo curtir a companhia do outro.
Por exemplo: “Pedro e Paulo são um casal homossexual, que junto com sua cadela Flor formam uma família feliz”, “Marta e Julio são um casal heterossexual que adora viajar”
É impossível classificar a variedade de casais e conformações familiares existentes, pois justamente o que reina é a singularidade, mas o eixo continua sendo o amor e a união. Uma relação pode ser formada por duas ou três pessoas, do mesmo gênero ou de gêneros diferentes, além de pessoas não binárias. O que define o vínculo é o amor e o desejo de compartilhar experiências vitais juntos e o importante é que a forma de tratar o outro seja saudável, sem violência de qualquer tipo.
Artigo de: Renata González. Professora de Psicologia
Referencia autoral (APA): González, R.. (Agosto 2023). Conceito de Relacionamento (casal). Editora Conceitos. Em https://conceitos.com/relacao-de-casal/. São Paulo, Brasil.