Os restos vegetais fossilizados são estudados em uma disciplina específica, a Paleobotânica. Esta área do conhecimento permite reconstruir e compreender os habitats naturais que existiram nos mais variados territórios do planeta. Desta maneira, é possível determinar quais tipos de plantas existiram nas diversas eras geológicas.
A Paleobotânica é um ramo específico da Paleontologia. Assim, a Paleontologia estuda os restos que foram preservados em diferentes tempos geológicos, já a Paleobotânica foca um aspecto específico, a flora fossilizada.
O conhecimento da flora de milhões de anos é fundamental para compreender a evolução da paisagem ao longo do tempo. Os restos vegetais estudados são aqueles que foram conservados em rochas sedimentares devido à ação de um processo bioquímico, a fossilização.
Vale destacar que nos territórios mais elevados que não há sedimentação devido à erosão, é mais improvável encontrar fósseis de vegetais. O tipo de clima também determina a eliminação da matéria vegetal.
Como critério geral, são conservadas as partes mais duras das plantas.
De qualquer forma, os restos fossilizados dos vegetais são classificados por pertencer a uma parte ou outra da planta (folhas, caule, sementes e resina fossilizada).
Além do estudo dos fósseis vegetais, a paleobotânica também analisa as madeiras e as algas fósseis, assim como a interação entre animais e plantas (as plantas colonizam a terra firme, mas ao mesmo tempo servem de alimento para as diversas espécies de animais).
Em suma, esta disciplina fornece informações relevantes sobre outras áreas, como a geologia, a climatologia e a biologia. Neste sentido, os especialistas em paleobotânica estabelecem correlações entre os restos de plantas fossilizadas e as diversas informações relacionadas ao passado geológico (quando os vínculos têm relação entre uma planta fossilizada e um resto animal, fala-se de uma biocorrelação). Em alguns países existem museus de paleobotânica e normalmente estão localizados próximos a jardins botânicos.
Há muitas áreas que focam suas pesquisas no conhecimento do passado. A arqueologia estuda os restos materiais das antigas civilizações. A genealogia está focada na descendência de indivíduos e familiares e através dela é possível elaborar uma árvore genealógica. A cronologia facilita a determinação da ordem temporal dos episódios históricos. As formas de escrita das civilizações antigas são estudadas no campo da paleografia.
Todas estas áreas têm um caráter independente, mas basicamente são ciências auxiliares ao serviço da história.
Imagens Fotolia: Erica Guilane-Nachez, Georgios
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (nov., 2018). Conceito de Paleobotânica. Em https://conceitos.com/paleobotanica/. São Paulo, Brasil.