As sociedades humanas foram organizadas desde os primórdios em torno da ideia de existência de setores poderosos e outros mais vulneráveis.
Esta dicotomia entre aqueles que têm mais poder e luxo e daqueles que não têm nada a mais que sua própria força de trabalho sempre existiu, embora nos últimos tempos tenha surgido a classe média e os sectores que em breve poderão ter acesso aos benefícios, sem ter que desfrutar de uma qualidade de vida superior.
Na divisão histórica e tradicional dos grupos sociais, a elite tem sido sempre um conjunto de pessoas poderosas e influentes que determinam uma tendência, tomam decisões, governam, administram os recursos, entre outros. Além disso, a elite costuma concentrar os meios de cultura entendidos como intelectuais, que vão desde o conhecimento acadêmico, das ciências e das artes, e que se diferenciam do saber popular pelo simples fato de serem considerados oficiais.
O saber das elites costuma passar por instituições como museus, academias, universidades e galerias, enquanto que o saber popular se encontra mais facilmente nas ruas. Finalmente, as elites são as que possuem os meios de produção, as riquezas e escolhem o que fazer com os recursos entendidos de toda a sociedade.
Para entender o termo “elitismo” devemos compreender que o mesmo tem a ver e está vinculado diretamente com tudo o que gera a elite. Assim, podemos falar de atitudes, saberes, riquezas, poderes elitistas que por definição pertencem a um grupo seleto e reduzido da população, assim como deixam de fora uma vasta maioria da sociedade entendida como povo.
O elitismo é, em outras palavras, uma forma de marcar diferenças e discriminar tanto positiva como negativamente os membros de uma comunidade entre poderosos e desprotegidos. Um bom exemplo de uma atitude elitista ou de elitismo é solicitar que os empregados de uma festa de vistam de forma adequada atendendo os padrões estabelecidos e determinados.
Geralmente quando o elitismo é notado e visualizado pelo comportamento do grupo social considerado como elite se ativa facilmente o conflito social. Isto se deve ao elitismo, uma forma de discriminação, distinção e diferenciação entre aqueles que pertencem genuinamente a um conjunto ou não de pessoas que desejam fazer parte da mesma.
O conflito social e o descontentamento entre os dois lados da sociedade é muitas vezes recíproco, desprezando as classes mais baixas ou populares de tudo que é considerado elitista ou exclusivo. O elitismo não permite acabar com a desigualdade social nem favorecer a existência de sociedades cada vez mais igualitárias.
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Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (nov., 2016). Conceito de Elitismo. Em https://conceitos.com/elitismo/. São Paulo, Brasil.