1. Tomar uma decisão refere-se ao processo de análise minuciosa, reflexiva e/ou comparativa de uma ou várias opções que se tem diante de si, como, por exemplo, ao fim do ensino médio, quando se escolhe entre ir para a universidade, procurar emprego ou ambos;
2. Iniciativa individual ou conjunta para avançar em determinado tema. Por exemplo, a incorporação de novas máquinas que irão otimizar os tempos de produção ou fazer uma grande viagem internacional em família.
3. Grupo ou conselho de uma entidade pública ou privada que decide pelo poder representado pelo voto individual dos membros.
As decisões fazem parte do nosso quotidiano, podendo ter implicações para si próprio e/ou para outras pessoas. Todos os dias exercemos uma escolha entre um leque múltiplo de opções, tanto que já nem percebemos que o estamos fazendo quando se trata de coisas mais corriqueiras, qual será o almoço, ir a pé ou de carro para a escola ou trabalho, dormir mais 5 minutos ou acordar 15 minutos antes. No entanto, à medida que o dia avança e de acordo com as nossas ocupações, experiências e necessidades, as decisões tornam-se mais complexas a ponto de desafiarem tanto a nossa situação e conforto que implicam uma reflexão mais profunda para escolher uma ou outra opção.
Independentemente do tipo de decisão, da sua complexidade ou das suas consequências, todas as decisões têm um processo a ser realizado que permite, no melhor dos casos, decidir em função do próprio bem-estar. Vários autores como Canós, propuseram várias fases ou passos a seguir na tomada de decisão. Apesar de serem classificadas com nomes diferentes, essas etapas englobam a mesma ideia em qualquer caso e são mencionadas abaixo:
1. Identificar a situação desafiadora: O primeiro passo é identificar o problema ou situação que apresenta um dilema e, com isso em mente, direcionar a decisão a ser tomada com base nas melhores opções de resolução.
2. Revisar as informações disponíveis: antes de tomar qualquer decisão, é sempre necessário ter em mente tudo o que é necessário em termos de informação para escolher o caminho que melhor se adapta às necessidades de uma pessoa.
3. Analisar as alternativas possíveis: Uma decisão não tem necessariamente duas alternativas de escolha. Portanto, esta etapa é muito importante, pois ao reunir e analisar as informações criteriosamente é possível encontrar alternativas de decisão que podem ser mais úteis do que as alternativas apresentadas no início. Além disso, também é importante analisar as possíveis consequências que viriam após uma ou outra decisão. Ter em mente quais são as consequências não apenas ajuda a ter uma visão clara ao decidir, mas também a antecipar situações futuras que podem ser desafiadoras.
4. Escolher uma alternativa e tomar a decisão: depois de fazer o trabalho de análise anterior, chega à etapa mais importante. É preciso entender que nesta etapa não se trata simplesmente de tomar a decisão. É preciso ter em mente uma visão estratégica das circunstâncias, das informações e das alternativas disponíveis. Deve-se garantir que não apenas a melhor decisão seja tomada de acordo com as necessidades atuais, mas também para antecipar as necessidades futuras. Por isso essa etapa é fundamental quando se tem uma visão estratégica, pois assim você aproveita melhor o que está sendo decidido.
5. Avaliação final: uma vez tomada a decisão e, sobretudo, tomadas ações específicas a respeito, esta última etapa é essencial. A avaliação permite-nos rever a decisão tomada e, com uma visão retrospectiva, dá-nos a possibilidade de analisar a nossa visão estratégica e a funcionalidade das nossas decisões. É graças a esta etapa que ao longo dos anos aprendemos a calibrar as decisões e o seu possível impacto, uma vez que nos baseamos nas experiências passadas e nas suas consequências.
É importante esclarecer alguns pontos que foram dados como certos nos últimos anos em relação a tomar uma decisão e que precisam ser negados:
I. As decisões podem ser racionais ou emocionais. Embora seja correto que uma decisão possa ser baseada em um impulso emocional ou em uma análise racional, isso não significa que sejam exclusivos. Ao fazer uma análise estratégica, o elemento emocional não é deixado de lado. Quanto mais você tenta tomar decisões pensando que elas devem ser totalmente racionais, mais você toma decisões parciais porque não consideram outros elementos ou fatores.
II. A tomada de uma decisão é um assunto amplamente utilizado em relação a negócios embora seja um tema que pode ser aplicado em qualquer área e por qualquer pessoa. Ainda que haja muitos trabalhos acadêmicos da área de recursos humanos sobre este conceito, ajudando a documentar melhor esse processo, e importante ressaltar que não são apenas os cargos executivos de grandes empresas que utilizam essas ferramentas. As pessoas em geral devem aprender a tomar decisões corretamente e na verdade é um processo que realizamos o tempo todo, para que possamos melhorar o processo pelo qual tomamos decisões.
Artigo de: Gemma Alvarado. Licenciada em Psicologia. Mestre em Humanidades pela Universidade Autônoma do Estado de México.
Referencia autoral (APA): Alvarado, G.. (Junho 2023). Conceito de Tomar uma Decisão. Editora Conceitos. Em https://conceitos.com/tomar-decisao/. São Paulo, Brasil.
