O movimento rastafári faz parte da cultura desenvolvida no Caribe, a partir de 1930, especialmente na ilha da Jamaica. As pessoas que pertencem a este movimento têm seus próprios sinais de identidade. Muitos deles praticam o vegetarianismo e o não à violência como princípio vital. A música reggae, mais particularmente as canções de Bob Marley, é um dos seus ícones mais característicos. Não podemos esquecer outros elementos, tais como: o penteado de rastas (os dreadlocks), a touca colorida, o consumo de maconha e o uso de túnicas e turbantes.
Embora os escravos negros fossem submetidos, não renunciaram totalmente a suas raízes africanas.
No início do século XX, o missionário jamaicano Marcus Garvey profetizou, inspirando-se na Bíblia, que logo um rei negro se tornaria o novo messias. Assim, quando Haile Selassie foi coroado imperador da Etiópia, os seguidores de Garvey interpretaram que sua profecia foi cumprida.
O verdadeiro nome de Haile Selassie era outro, Tafari Makkonnen, daí é que vem a palavra rastafári (uma combinação de Ras que significa príncipe e do autêntico sobrenome do imperador). O rei da Etiópia se tornou símbolo da rastafári e por esta razão as cores da bandeira etíope (vermelho, dourado e verde) estão muito presentes nesta cultura.
Enfim, este movimento é uma combinação de elementos bíblicos, da cultura negra dos escravos africanos e do conjunto de elementos tradicionais da Jamaica.
Entre os rastaris o rastas, utiliza-se frequentemente a expressão em inglês “I and I” (literamente Eu e Eu).
Isso não significa que eu sou o primeiro, mas se refere à conexão entre o indivíduo e Deus (também chamado de Jah). Em outras palavras, o eu de Deus se encontra em nosso interior.
Pode-se afirmar que os rastafáris fumam maconha porque esse ato lhes causa prazer e assim conseguem fugir da realidade e desfrutar da música reggae.
Esta visão é bastante imprecisa, uma vez que fumam maconha porque assim se inspiram nas passagens bíblicas. No livro de Gênesis ou alguns salmos e provérbios há referências que são interpretadas pelos rastafáris como um convite a consumir cannabis.
Imagem: Fotolia. konstantant
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (jan., 2017). Conceito de Rastafári. Em https://conceitos.com/rastafari/. São Paulo, Brasil.