Os homens da antiguidade acreditavam que as estrelas eram eternas e imutáveis, mas hoje em dia sabemos que isso não é bem assim. As estrelas nascem, desenvolvem-se e finalmente morrem pelo efeito da fusão nuclear. Quando uma estrela supernova explode como consequência de sua massa, seus restos se tornam uma nebulosa poeira estelar.
Os astrônomos afirmam que esta nova formação é uma estrela de nêutrons de grande densidade e elevada força gravitacional. Uma destas formações é a Nebulosa do Caranguejo.
A explosão da supernova que criou a nebulosa estelar do Caranguejo foi observada durante 22 meses até a metade do século XI. No século XVIII já era possível observar este fenômeno com um telescópio e desde então tem sido obejeto de estudo por parte dos astrônomos.
Sua massa nebulosa é formada por gás e poeira cósmica e se encontra há 7.000 anos-luz do planeta Terra, mais especificamente na constelação de Touro. Sua velocidade de expansão atinge os 1500 km/s e possui um diâmetro de 11 anos-luz. Com a poeira em seu interior poderia formar mais de 30.000 planetas como a Terra. Os astrônomos afirmam que este tipo de cataclismo, o remanescente de uma supernova, acontece muito pouco em nossa galáxia.
Na nomenclatura astronômica é conhecida como SN 1054 (as letras são a abreviatura de supernova e os números se referem ao ano que foi vista pela primeira vez na formação estelar).
As estrelas mantêm o equilíbrio entre duas forças: o núcleo de seu interior que provoca sua expansão e a força da gravidade que causa sua contração. Quando este equilíbrio se rompe ocorre uma explosão, da qual pode gerar uma supernova.
As estrelas de nêutrons geradas emitem uma radiação eletromagnética que por sua vez provoca um jato de luz com muita energia. Este eixo magnético funciona como um potente farol que emite luz e é conhecido como pulsar.
A observação da nebulosa do Caranguejo é possível porque em seu interior há um pulsar cuja energia é 75.000 vezes maior que a do Sol (na nomenclatura astronômica é identificada como PSR B0531+21).
O Pulsar do Caranguejo foi descoberto em 1969 e coincide com as observações astronômicas descritas no século XI.
Imagem: Fotolia. EVGENII
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (ago., 2018). Conceito de Nebulosa do Caranguejo. Em https://conceitos.com/nebulosa-caranguejo/. São Paulo, Brasil.