De fato, não há nada que seja imperdoável, uma vez que o perdão é uma ação que vem de dentro do coração, portanto, cada pessoa decide se quer desculpar ou não determinada ofensa.
O perdão é um gesto livre que surge do amor a si mesmo. Perdoar significa não querer carregar o peso do rancor sobre as costas e virar a página sem ficar preso no passado. Isto é, o perdão potencializa a saúde emocional das pessoas.
Entretanto, do ponto de vista da pessoa, é ela quem tem que tomar a decisão de perdoar ou não determinado fato, caso haja atos que possam ser imperdoáveis. Uma pessoa pode considerar que sofreu alguma ofensa sem merecer e por isso não estar disposta em perdoar por considerar que o outro não merece sua compreensão.
Neste tipo de caso, a pessoa se sente ferida em seu interior e assim não tem forças para oferecer seu perdão. O sujeito pode considerar imperdoável um acontecimento de extrema gravidade em sua concepção que vai contra os seus valores éticos mais importantes.
Os valores éticos são aqueles padrões de atuação exemplar que ajudam a diferenciar o certo do errado. Por esta razão, quando uma pessoa considera que a outra agiu de maneira desonesta pode classificar sua atitude como imperdoável ou injusta.
Em certas ocasiões, o perdão não é um ato imediato. Isto é, pode ocorrer que uma pessoa precise levar um tempo para assimilar o que aconteceu e poder aceitar os fatos.
A falta de perdão pode determinar um ponto de inflexão nas relações pessoais de amizade, causa distanciamento entre familiares, como também pode destruir o relacionamento de um casal.
Segue vivo na mente e no coração de quem observa esta ofensa pessoal como um machucado presente (mesmo que já tenha passado um bom tempo). Não perdoar algo é uma decisão de livre escolha, assim, a pessoa que toma essa decisão deve avaliar as consequências e fazer um balanço para ser coerente com o que acha e pensa.
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (jul., 2015). Conceito de Imperdoável. Em https://conceitos.com/imperdoavel/. São Paulo, Brasil.
