No Egito Antigo, na antiga China, no Império Otomano e em alguns países árabes existiam centros destinados para satisfazer as necessidades sexuais e o entretenimento dos grandes líderes. As mulheres que participavam dessas atividades eram as concubinas e o lugar destinado a essa prática é conhecido como harém.
A palavra harém vem do vocábulo árabe harim, que literalmente significa o proibido. Este conceito é usado em duplo sentido, pois se refere às mulheres responsáveis por entreter os líderes, assim como o espaço físico onde residiam.
O harém ou harenlik era a dependência destinada às esposas oficiais do sultão e às odaliscas ou concubinas. Quem supervisionava o funcionamento deste palácio era a mãe do sultão.
Por outro lado, os eunucos eram geralmente escravos negros que foram castrados para não manter relações íntimas com as odaliscas, sendo que sua função consistia em vigiar o harém.
Ao contrário do que se afirma normalmente, as odaliscas eram mulheres jovens que atuavam como empregadas e dançarinas e não como simples prostitutas ao serviço do sultão. No entanto, uma odalisca poderia chamar a atenção do sultão e satisfazer seus desejos sexuais ou então tornar-se uma de esposas oficiais.
No século XIX, alguns viajantes ocidentais sentiram um forte impacto pela atmosfera dos haréns no Império Otomano. A partir daí começou a ser difundida uma imagem literária do harém e, assim, muitos romances descreviam um mundo de sensualidade e erotismo que despertava o interesse do leitor. Com estas histórias, a figura da odalisca se tornou um novo mito erótico.
Em certas ocasiões, as histórias sobre os haréns tinham uma intenção moralizadora, pois eram descritas como centros de perversão e luxúria. Neste sentido, a mentalidade ocidental conservadora rotulava o harém como um centro dedicado ao pecado e à degradação moral da mulher.
Os faraós tinham haréns e neles viviam centenas de mulheres jovens que eram recrutadas das classes mais humildes da sociedade ou que eram escravas que haviam sido capturadas após a guerra. No recinto do harém havia granjas para animais e uma intensa atividade, especialmente destinada à fabricação de tecidos.
Além das atividades produtivas, as concubinas se dedicavam para suavizar a corte do faraó com danças e outras distrações. O harém era administrado geralmente por homens de confiança do faraó.
Imagem: Fotolia. caribia
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (jan., 2018). Conceito de Harém. Em https://conceitos.com/harem/. São Paulo, Brasil.