Consiste num gênero musical e uma dança cuja origem se encontra na Colômbia. No entanto, a cumbia tem evoluído e atualmente existem várias modalidades, como a argentina, a peruana e a venezuelana.
Surgiu no século XIX no Caribe colombiano como uma expressão da cultura do mundo rural. Neste sentido, é um gênero artístico que combina três tradições musicais: a negra, a mestiça e a branca.
Em suas raízes era um ritmo acompanhado de três instrumentos musicais: a gaita, a flauta (especialmente a cana de milheto) e os tambores. Com o passar do tempo, foi se transformando e assim a cumbia chegou aos salões da cidade com orquestras e um novo instrumento, o acordeão.
1) com um repique de tambor as mulheres são colocadas em um círculo e na frente há uma formação com homens;
2) os homens iniciam movimentos de cortejo de tal forma que cada um dá algumas voltas sobre sua parceira de dança;
3) mulheres e homens realizam movimentos específicos com os pés, o tronco e os braços. Trata-se de uma música e dança na qual se pode apreciar a mestiçagem cultural colombiana: os ritmos africanos marcados pelo tambor, as melodias dos indígenas acompanhados de flauta e da tradição musical espanhola.
Este gênero musical está associado às classes populares da Argentina. Do ponto de vista histórico, suas origens remontam à década de 1990, quando o termo cumbia villera foi cunhado pela primeira vez (a palavra villa na Argentina se refere a um bairro pobre na qual seus habitantes eram conhecidos como villeros). As letras das músicas tratam das relações cotidianas entre homens e mulheres e os problemas associados à baixa renda. E tudo isso com uma linguagem coloquial, às vezes machista e com um espírito crítico.
Trata-se de um gênero musical que causou certa polêmica. Algumas das bandas de maior prestígio são “Damas Gratis”, “Pibes Chorros”, “Flor de Piedra” e “Yerba Brava”. Os fãs deste ritmo são especialmente adolescentes, mais conhecidos como “cumbieros”.
Alguns estudiosos deste fenômeno musical afirmam que a chave do seu sucesso se baseia no uso de uma linguagem sexista, provocativa e marginal. Com estes ingredientes, os jovens cumbieros expressam seu mal-estar e inconformismo diante de um modelo social que não atende suas necessidades.
Da mesma forma que o rock e o tango em suas origens, a cumbia villera tem sido duramente atacada e ridicularizada. Aqueles que criticam este gênero afirmam que o ritmo promove o crime, o sexismo e o uso de drogas.
Imagem: Fotolia. Laiotz e Underdog
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (maio., 2018). Conceito de Cumbia. Em https://conceitos.com/cumbia/. São Paulo, Brasil.