O termo probidade vem do latim probitas, que significa bondade e retidão de caráter, sendo sinônimo de honestidade. Pode-se dizer que a probidade está baseada no respeito às leis, às normas sociais e ao conceito individual de moralidade.
A probidade se refere ao fato de mostrar integridade, honestidade e retidão no comportamento. Assim, o valor da probidade pode ser aplicado à vida cotidiana, à atividade profissional e às relações humanas em geral.
No exercício das funções públicas, emprega-se o conceito de probidade administrativa. Desta maneira, quando alguém se comporta de maneira irrepreensível no desempenho de suas funções está agindo de acordo com o princípio de probidade. Em outras palavras, é uma pessoa que está em conformidade com a lei e age com retidão.
A probidade na função pública não está baseada no interesse individual do desempenho de certas funções, mas sim no interesse geral e na atitude de serviço.
No campo da administração algumas leis foram promulgadas e inspiradas na probidade como uma virtude cívica. Com estas leis se pretende promover a transparência da gestão pública e potencializar o comportamento responsável das pessoas com alguma função na administração. Para este propósito, são estabelecidos sistemas de controle e procedimentos adequados.
A probidade como qualidade é um elemento que permite combater a corrupção. Na verdade, o indivíduo probo que trabalha numa administração não pode ser cúmplice de uma trama de corrupção.
Diante desta questão, existem diferentes tipos de respostas. Em primeiro lugar, porque nossa dimensão moral individual nos diz o que devemos fazer. Em segundo lugar, porque um comportamento honesto permite sentir-se bem consigo mesmo. E em terceiro lugar, porque o cumprimento das regras e das leis é uma forma de melhorar a convivência no conjunto da sociedade.
No direito do trabalho existe o conceito falta de probidade por parte de um trabalhador. Consiste no desempenho de suas funções de maneira desonesta e contrariando os termos estabelecidos no contrato de trabalho.
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Costuma-se dizer que um indivíduo é probo quando tem um comportamento digno e íntegro, portanto, o que equivale a honesto. Em relação ao uso do termo, pode-se dizer que se trata de um cultismo que não faz parte da linguagem cotidiana, mas que é usado na terminologia jurídica ou em documentos oficiais relacionados à função pública.
Os antigos romanos davam importância a certos valores morais, porque através deles a própria existência e vida em sociedade adquiriam uma dimensão mais humana e digna. Entre os valores mais apreciados está a probidade, mas também havia outros como as dignitas ou dignidade, as auctoritas ou autoridade moral e as veritas ou verdade.
Para os romanos as probitas equivaliam às integritas, ou seja, a integridade. Assim, uma pessoa com probidade é aquela cujo comportamento é moral e, ao mesmo tempo, se encontra no âmbito da legalidade.
Um indivíduo probo é aquele que tem probidade. Desta forma, podemos destacar algumas características relacionadas a esta virtude. Trata-se de um indivíduo que age com retidão, ou seja, que cumpre com suas obrigações. Portanto, é uma pessoa com senso do dever cumprido. O cumprimento das obrigações pessoais obedece a um sentido moral da existência, o que significa comportar-se adequadamente no plano pessoal como cidadão e trabalhador. Assim, pode-se dizer que uma pessoa é proba quando sua vida familiar é um desafio e honesta, mesmo sem estar relacionada à sua atividade profissional.
O probo é uma pessoa honesta e, portanto, o corrupto, o hipócrita, o mentiroso e o manipulador são indivíduos considerados não probos.
Embora a honestidade seja uma virtude moral que deve permear todas as esferas da existência, em algumas profissões é especialmente valorizada. Assim, um juiz não deve limitar-se apenas em cumprir a lei. É desejável ser honesto no sentido mais amplo do termo. O mesmo se aplica aos funcionários, professores, sacerdotes e líderes políticos.
Aqueles que exercem este tipo de função devem realizar sob um bom senso de moralidade e justiça. Caso contrário, estaríamos diante de uma evidente contradição.
Imagem: Fotolia. satori
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (jan., 2017). Conceito de Probidade-Probo. Em https://conceitos.com/probidade-probo/. São Paulo, Brasil.