Um homem ou uma mulher é dismorfofóbico quando é viciado em cirurgias estéticas. Em outras palavras, sua decisão de melhorar o aspecto físico obedece a um transtorno mental. Do ponto de vista médico, entende-se que uma pessoa é viciada neste tipo de cirurgia quando ultrapassa mais do que seis intervenções. Deve-se destacar que o conceito de dependência está baseado no impulso irreprimível de repetir um ato. Portanto, quando um indivíduo consome álcool, drogas ou alimentos de forma compulsiva se trata de um comportamento viciante.
Em termos médicos, o vício pela cirurgia estética é chamado de transtorno dismórfico corporal e é caracterizada por uma preocupação exagerada pelos defeitos reais ou imaginários na aparência física. Este mal-estar psicológico produz alterações na vida social e profissional gerando ansiedade, agitação e depressão. A pessoa dismorfofóbica geralmente entra neste processo viciante depois de um problema emocional. Considera-se que este distúrbio afeta a 1% da população.
O ser humano precisa sentir-se bem exteriormente por vários motivos: para reforçar a autoestima, para tornar-se mais atrativo sexualmente ou para parecer mais jovem. Quando a busca pela beleza se torna uma obsessão permanente, este impulso se transforma em uma patologia.
O viciado em cirurgia plástica nunca está satisfeito com o resultado das intervenções e, periodicamente, precisa de um novo retoque em alguma parte do corpo.
Quando uma pessoa retoca o rosto por várias vezes ao ano, estas mudanças acabam deformando o mesmo. Consequentemente, as operações em excesso alteram o cânone de beleza natural e cria um modelo de beleza artificial e exagerada.
Este transtorno mental é relativamente recente e os especialistas ainda não descreveram de maneira conclusiva. Para alguns, o vício em cirurgias plásticas é um ataque contra o próprio corpo e por isso é possível um processo inconsciente de autodestruição.
Embora não seja fácil definir com precisão o que é a beleza, é claro que a harmonia é a característica que descreve qualquer elemento considerado bonito. O mesmo se aplica à beleza dos seres humanos. Portanto, a desproporção com cirurgias plásticas produz precisamente a falta de harmonia no rosto ou no corpo.
Se uma mulher de 60 anos opera oito vezes o seu corpo para ter um aspecto de 30, o resultado final não será precisamente harmonioso.
Imagem: Fotolia. Romario Ien
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (mar., 2017). Conceito de Dismorfofóbico. Em https://conceitos.com/dismorfofobico/. São Paulo, Brasil.