Quando uma pessoa sente medo excessivo do processo natural de envelhecimento, estamos diante de um caso de gerascofobia ou gerontofobia. Todas as fobias têm um denominador: o medo irracional de algo. Além desta característica geral, trata-se de um comportamento não natural, desproporcional e fora do controle voluntário do indivíduo. Algumas fobias são bastante comuns, como a aracnofobia, a claustrofobia ou a acrofobia.
Outras são bem específicas, como a tripofobia (medo de padrões repetitivos da geometria) ou a coulrofobia (medo de palhaço).
É evidente que à medida que se envelhece ocorrem efeitos negativos: falta de agilidade física, diminuição da energia e força, perda de cabelo, deterioração da visão e audição, aparecimento de rugas, etc. Tudo isso vem acompanhado de uma mudança na aparência física em seu conjunto.
Algumas pessoas corrigem sua aparência física com retoques de cirurgia e assim conseguem uma aparência melhor. No entanto, há pessoas que não suportam a ideia de envelhecer. Este medo é obsessivo e por este motivo se trata de um comportamento fóbico.
Os indivíduos que sofrem com esta fobia evitam o contato com os idosos. Fazem o possível para parecer mais jovem e se sentem desconfortáveis quando perguntados sobre sua idade. Este tipo de comportamento começa a manifestar-se geralmente por volta dos 30 anos, período em que aparecem as primeiras rugas.
No caso dos homens, a geroscofobia costuma aparecer durante a andropausa. Neste período, os níveis de testosterona diminuem e ocorre uma transformação física (perda de cabelo, aumento da gordura na cintura, falta de apetite sexual e perda de energia).
Muitos homens de meia-idade se sentem ameaçados pela competição no trabalho com os mais jovens e começam a realizar atividades físicas para melhorar sua aparência.
Além disso, é bastante comum uma mudança no vestuário ou em tentar seduzir mulheres mais jovens.
Nas mulheres esta fobia se manifesta normalmente na idade da menopausa. Elas se sentem inseguras com seu físico e tendem a comparar-se com mulheres mais exuberantes e atraentes. Quando esses comportamentos são apresentados de forma exagerada e acompanhados de uma autêntica aversão ao envelhecimento, podemos falar de gerascofobia num sentido estrito.
Algumas terapias de tipo cognitivo-comportamental podem ajudar a recuperar o controle da situação. A finalidade terapêutica consiste em proporcionar ferramentas psicológicas para aceitar o envelhecimento de maneira natural e evitar a frustração e a ansiedade.
As técnicas de PNL também permitem uma autoestima maior e uma eliminação gradual da obsessão pelo envelhecimento.
Imagem: Fotolia. andreslebedev
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (ago., 2018). Conceito de Gerascofobia. Em https://conceitos.com/gerascofobia/. São Paulo, Brasil.