O hirsutismo é um distúrbio que atinge aproximadamente de 4 a 8 mulheres em cada 100, mais frequentemente durante a adolescência e que se caracteriza pela presença de pelos grossos com distribuição típica masculina, principalmente no rosto, peito, costas e braços.
Esta distribuição anormal dos pelos se deve a transtornos hormonais que estão associados a um aumento na produção das substâncias chamadas andrógenos, que são hormônios de tipo masculino e que levam a uma condição conhecida como hiperandrogenismo.
Estes andrógenos podem ser produzidos pelo ovário quando ocorre a síndrome do ovário policístico ou das glândulas suprarrenais por infecções próprias da glândula e até mesmo pela estimulação da hipófise. Também está associada ao uso de medicamentos para as convulsões como o ácido valpróico.
Hoje em dia se tem notado um aumento no número de casos de hirsutismo produto do aumento da incidência de hiperinsulinemia e da síndrome metabólica, condições que elevam a produção de insulina por causa dos maus hábitos alimentares baseados em ricas dietas de carboidratos em pessoas sedentárias que promovem o desenvolvimento da obesidade.
A insulina estimula a produção de andrógenos pelo ovário produzindo, desta forma, o ovário policístico que está associado ao aumento dos pelos corporais. Outras manifestações deste transtorno dos ovários são o aumento de peso, presença de acne e distúrbios menstruais especialmente pela ausência ou irregularidade nas menstruações por falta de ovulação. A síndrome do ovário policístico é além de tudo uma causa de infertilidade.
As mulheres com hirsutismo normalmente devem ser submetidas a estudos hormonais que permitem comprovar este diagnóstico e orientar sua possível causa. Isso costuma abranger perfis hormonais femininos assim como as curvas de insulina e glicemia. O ultrassom é de grande importância para avaliar a forma e o tamanho das glândulas suprarrenais como também dos ovários. Outros exames como a ressonância magnética são aplicados quando se busca descartar transtornos da glândula hipófise.
Quando o hirsutismo ocorre pelo transtorno dos ovários, deve ser tratado com o bloqueio dos andrógenos, efeito que se consegue com alguns anticonceptivos e diuréticos. Neste caso, também é necessário modificar o estilo de vida para diminuir a produção de insulina e isso se consegue com uma alimentação mais saudável onde se deve reduzir o açúcar, as farinhas e os cereais refinados. Além disso, é indicada a prática regular de atividade física.
O hirsutismo devido a um transtorno das glândulas suprarrenais precisa de um tratamento específico que depende de sua causa exata.
Outra medida que pode ser empregada de forma conjunta para melhorar o aspecto estético é aplicar técnicas para eliminar o pelo, como a depilação, neste sentido, a depilação a laser oferece excelentes resultados que se mantêm por um bom tempo.
Referencia autoral (APA): Editora Conceitos.com (maio., 2015). Conceito de Hirsutismo. Em https://conceitos.com/hirsutismo/. São Paulo, Brasil.