Empático é todo aquele dotado da capacidade de compreender os sentimentos e emoções alheias, ou seja, assumir os sentimentos alheios como se fossem seus próprios na busca de entender o comportamento do outro e assim orientar suas próprias ações.
Nos últimos anos, a empatia tornou-se uma palavra constante em nosso vocabulário. A nova vida cotidiana, assim como os acontecimentos políticos e sociais atuais, exigem que as pessoas sejam capazes de ser sensíveis às experiências de outras pessoas. Porém, é sempre importante apontar o que é empatia e somado a isso, o que torna uma pessoa empática.
A empatia foi definida de várias maneiras nos últimos anos, mas todas as definições concordam em algo muito simples: a empatia é a capacidade de se conectar emocional e cognitivamente com as experiências, emoções e necessidades de outra pessoa, independentemente do fato de ter ou não experimentado alguma vez ela mesma tais vivencias. É também uma característica que permaneceu no ser humano e que, segundo a pedagoga Anna Carpena, é internalizada na pessoa por meio da educação emocional nas fases iniciais da vida humana.
Erroneamente, tem-se pensado que a empatia é como aquele ditado popular de “colocar-se no lugar do outro”, mas na verdade isso não é ser empático. Pensar em fazer o que você gostaria que fizessem por você não é ser empático, é pensar a partir de sua própria experiência. Uma pessoa pode ser considerada empática quando é plenamente capaz de sentir o que outra pessoa sente, pensa ou precisa e não com base em sua própria experiência, mas porque tem uma compreensão muito elevada do que a outra pessoa sente e pensa, afastando-se até mesmo de seus próprios pensamentos e necessidades.
Como somos seres sociais por natureza, conviver com outras pessoas é uma experiência constante na vida humana. Por esse motivo, a empatia é uma característica que pode ser crucial, pois permite que você se conecte de maneira profunda com outra pessoa. Quando uma pessoa não tem é empática, torna-se difícil para ela se conectar com outras pessoas, muito menos se emocionar com o que o outro experimenta, como a dor, por exemplo.
Da mesma forma, ser empático é necessário nos tempos atuais, onde novas formas de experimentar e lidar com certas questões como sexualidade, papéis de gênero ou grupos minoritários estão surgindo cada vez mais, para citar alguns. Nesse caso, ser uma pessoa empática nos permite manter a mente aberta para o novo sem preconceitos, simplesmente nos conectando com a experiência de vida da pessoa e com o que ela tem a contar.
Se a empatia se tornou um conceito constante, é porque se exige uma maior união a nível social e político e por isso ser empático oferece essa possibilidade mesmo quando existem diferenças ou barreiras a transpor nas experiências, emoções e necessidades com qualquer pessoa.
Também é importante falar sobre as características que uma pessoa empática possui. Embora vários autores descrevam várias delas e haja diferenças entre os autores, os mais notáveis estão listados abaixo:
1. Alta sensibilidade: Pessoas empáticas ao se conectar com outras pessoas são sensíveis a tudo que a outra pessoa as faz saber. Eles podem se conectar e sentir o que a outra pessoa está sentindo, bem como entender seus pensamentos e lógica. Um aspecto negativo dessa característica é que, também nessa medida, uma pessoa empática pode ser afetada ao tomar conhecimento de uma experiência traumática e dolorosa.
2. Escuta atenta e ativa: são pessoas que sabem ouvir e deixar que o outro tenha liberdade para falar o que quiser.
3. Confiança: Essa característica anda de mãos dadas com a escuta ativa, pois uma pessoa empática gera um ambiente de confiança em seus interlocutores e respeita sua privacidade e o que é compartilhado com ela em sigilo.
4. Não há preconceitos: Uma pessoa empática é receptiva em relação as experiências que não lhe são familiares. Ele geralmente não faz julgamentos de valor sobre as decisões que uma pessoa toma. Tem um alto senso de compreensão.
5. Prudência e assertividade: Cuidam muito de suas palavras porque sabem de seu poder. Isso faz com que tenham grandes habilidades sociais, destacando a assertividade entre eles, pois saberão o que dizer sem ferir a outra pessoa.
Ser uma pessoa empática não é uma regra. São pessoas que, devido à sua história de vida e formação, foram incutidos valores importantes para incentivá-los a se conectar com outras pessoas desde cedo. Mas, sem dúvida, à medida que os tempos se tornam cada vez mais complexos ou confusos, uma pessoa empática faz uma tremenda diferença.
Artigo de: Gemma Alvarado. Licenciada em Psicologia. Mestre em Humanidades pela Universidade Autônoma do Estado de México.
Referencia autoral (APA): Alvarado, G.. (Maio 2023). Conceito de Empático. Editora Conceitos. Em https://conceitos.com/empatico/. São Paulo, Brasil.