Conceito de Lua

Pedro Gómez Molina | Julho 2023
Lic. Ciências Ambientais, Me. em Geografia

A Lua é um satélite natural com um raio aproximado de 1.738 km que orbita o planeta Terra. Destacando-se suas características de forma comparativamente às da Terra, representa um quarto do planeta azul. Seu diâmetro aproximado é de 17% em relação ao da Terra, com uma gravidade de referência dos mesmos 17%. Os cientistas da NASA estimam que a Lua tem cerca de 447 bilhões de anos e que está a uma distância aproximada da Terra de 384.400 km.

Origem e formação da Lua

A partir dos processos conhecidos na Terra, tal como o vulcanismo, podemos gerar hipóteses sobre a formação da lua, detalhando que ela vem da separação de um grande superplaneta, do qual foram gerados três novos astros que hoje conhecemos como Vênus, Terra e a Lua.

E em seu início a lua experimentou processos vulcânicos semelhantes aos da Terra, onde se especifica que tinha um centro líquido que armazenava os elementos mais densos em seu interior, com uma crosta que começou a experimentar numerosos vulcões e uma série de bombardeios de meteoritos de todos os tipos de dimensões, à medida que os processos vulcânicos foram deixando para trás uma crosta que esfriou e se tornou mais densa. Os grandes mares lunares foram moldados, vindos de grandes fluxos de material incandescente.

Em 2020, a missão espacial chinesa Chang-5 removeu material basáltico (rochas tipo basalto) de uma área até então inexplorada de nosso satélite, revelando que a Lua teve sua última atividade vulcânica, há apenas 900 milhões de anos, o que contradiz os resultados até então aceitos pela comunidade científica de que isto ocorreu a 2.700 milhões de anos.

Principais Características

O que sabemos com certeza após a imensa quantidade de explorações, é que a Lua é um local hostil para a reprodução da vida como a conhecemos na Terra, já que a temperatura pode subir até 120° Celsius durante o dia e chegar a -180 ° Celsius à noite. Observando que essas mudanças extremas de temperatura são causadas pela falta de atmosfera experimentada na Lua.

Da mesma forma, para termos uma melhor perspectiva do fato de que nosso satélite é realmente um satélite natural de grandes proporções, podemos compará-lo com o planeta gasoso Júpiter e seu satélite Ganimedes, que goza de uma proporção de 0,008%, de modo que não está errado dizermos que a Lua é um grande satélite natural em comparação com o resto dos satélites naturais do nosso sistema solar.

Em 20 de julho de 1969, os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin pousaram em nosso satélite e puderam verificar que na Lua existem três tipos de relevo predominante: mares, montanhas e crateras. Os mares podem ser descritos como grandes extensões quase planas ou planas, que apresentam pouca elevação ou desníveis muito sutis e especifica-se que cobrem 40% da superfície lunar total. As montanhas são cadeias montanhosas grandes, íngremes e altas que se assemelham às grandes cadeias montanhosas da Terra, entre elas o Monte Leibniz com uma elevação aproximada de 8.200 m, que pode ser comparada ao Everest, o pico terrestre mais alto.

Por fim, temos numerosas crateras que ultrapassam a quantia de 300.000 círculos, entre eles, destaca-se o Clavius, com um diâmetro de 227 km. As muitas explorações da superfície lunar deixaram claro que a origem das crateras, antes consideradas formas ou processos vulcânicos, era na verdade resultado dos impactos constantes de corpos celestes que percorrem nosso sistema solar, mais conhecidos como meteoritos, que impactam na superfície da Lua devido sua grande atração o que unido à falta de atmosfera são recebidos sem qualquer contenção e, dependendo do seu tamanho, cavam crateras com menor ou maior profundidade.

Observação e visita ao redor da Lua

Está grande estrela da noite sempre intrigou homens e mulheres desde a antiguidade. A contemplação dos seus movimentos pelos antigos pensadores, nos permitiu verificar que o ciclo lunar tem uma duração aproximada de 29 dias, tendo estas observações uma relação com os primeiros calendários agrícolas da humanidade. Conforme o exposto, a observação do céu e seus movimentos era um elemento recorrente entre os povos da antiguidade, mas com o passar dos processos históricos, grandes descobertas e grandes avanços científicos, a humanidade pôde acessar artefatos que se transformaram em seus óculos astronômicos, para uma observação exclusiva do céu e com isso acessou a melhores posições teóricas para melhor entender seu satélite natural.

Destas observações se puderam distinguir grandes crateras, acompanhadas de extensões associadas a partes planas que supostamente gozavam de calmaria e que são visíveis como grandes manchas cinzentas na Lua, batizadas por Galileu Galilei com o nome de mares, o que pode ser verificado analisando-se atentamente um mapa da Lua onde é possível vislumbrar nomes como Mar da Tranquilidade ou Mar da Serenidade.

Uma parte do conhecimento que temos sobre a Lua é que ela pode ser considerada uma estrela sem atmosfera, que sofre grandes mudanças de temperatura que consequentemente dificulta a contenção de água, o que acaba por torná-la um local quase inabitável para o ser humano.

Ciclos da lua

Conforme mencionado acima, destacamos que o ciclo da lua dura aproximadamente 29 dias, mas precisamente 29,5 dias segundo os especialistas da NASA (National Aeronautics and Space Administration), então podemos afirmar que o dito O ciclo que nosso satélite completa é inferior a 30 dias, permanentemente. Onde observaremos sempre a mesma face da Lua, devido ao fenômeno de rotação sincrônica executada na interação gravitacional existente entre a Terra e a Lua. Partindo do exposto, pode-se afirmar que a lua gira sobre si mesmo e ao redor da Terra, levando o mesmo tempo para fazer as duas voltas, por isso nos apresenta sempre com a mesma face.

Fases da lua e as marés na Terra

As fases da lua seriam a forma como vemos a Lua desde a Terra com referência à sua posição com o Sol. Esta é outra coisa a agradecer a Galileo Galilei que destacou o comportamento sucessivo da Lua em referência às variações visíveis na terra, tal como as marés em referência ao do ciclo lunar. Elas são o efeito da rotação sincrônica e Galileo as nomeou como fases lunares, para expressar coloquialmente o exposto acima. As principais fases da lua são:

Lua Nova: como o próprio nome indica, dá lugar ao início do ciclo lunar e é a parte onde nosso satélite fica completamente invisível, já que a Lua está na mesma posição no céu que o Sol, tecnicamente é quando nosso satélite natural nasce e se põe junto com o astro rei. Tambem pode ser conhecido pelo nome de Lua invisível.

Lua crescente: pode ser vista como uma lasca iluminada, que se mostra dessa forma porque metade do nosso satélite está iluminada, mas com a característica dessa parte luminosa voltada para o lado oposto da Terra.

Quarto crescente: onde você pode ver uma Lua que está com apenas um quarto de sua circunferência iluminada mostrando-se a Terra.

Lua minguante: todo o lado diurno do nosso satélite começa a ficar visível, ficando mais luminoso.

Lua cheia ou meia-lua iluminada: sendo a parte onde será possível distinguir a iluminação do Sol em todo o lado diurno da Lua, sendo o ponto médio de seu ciclo, restando apenas sua viagem de volta com processos semelhantes.

Seguira uma fase na Lua de forma minguante, onde parece que o nosso satélite está encolhendo, mas na realidade é a forma como a órbita da Lua esconde este lado da nossa perspectiva.

Quarto Minguante: é um processo onde apenas um quarto da Lua iluminada pode ser observado, também conhecido como terceiro quarto da Lua.

Crescente minguante: onde a Lua está prestes a completar seu ciclo e pode ser vista como uma curva iluminada onde o lado iluminado está voltado para o Sol, e com ele inicia um novo ciclo.

Este belo ciclo lunar, que podemos comparar a uma dança cósmica entre a Terra e a Lua, ao ser contemplado pelo Sol, tem uma interferência notável em certos fenômenos terrestres, como as marés. Isso é causado pelo efeito de atração gravitacional que a Terra experimenta de acordo com o Sol e a Lua, como explicou Einstein em sua época. Nesse caso, os oceanos e mares vivenciam visivelmente esses efeitos da atração gravitacional exercida entre os corpos celestes, razão pela qual ocorrem fluxos contínuos e descontínuos entre as águas dos oceanos e dos mares da Terra, que são denominados de maré alta e mare baixa. Podem ser fenômenos espetaculares, como o registrado na Baía de Fundy, no Canadá.

Artigo de: Pedro Gómez Molina. Licenciado em Ciências Ambientais e Mestre em Geografia. Realiza pesquisas nas áreas históricas de mineração, sistemas de informação geográfica, e cartografia.

Referencia autoral (APA): Gómez Molina, P.. (Julho 2023). Conceito de Lua. Editora Conceitos. Em https://conceitos.com/lua/. São Paulo, Brasil.

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